O diretor da Central do Carnaval, Joaquim Nery, criticou a atuação dos poderes públicos na divulgação do carnaval de Salvador durante entrevista concedida a Zé Eduardo, no programa Se Liga Bocão, da Rádio Itapoan FM. De acordo com Quinho, como é conhecido o empresário, as grandes atrações do carnaval baiano convidam os turistas quando fazem seus shows pelo Brasil.
“Acho importante que estado e a prefeitura de salvador façam uma campanha para atrair mais gente. Até porque, nós da iniciativa privada, não temos condições de fazer grandes campanhas publicitárias por todo o Brasil”, afirmou.
O empresário disse ainda que há um esforço de divulgação por parte do governo do estado muito maior no São João do que no Carnaval. “Acho importante investir no São João, mas sou contra que haja diferenciação. O Poder Público precisa investir da mesma forma”, defendeu.
Circuitos
Um dos ouvintes do programa perguntou se o circuito Avenida está mesmo abandonado. Quinho Nery rechaçou a afirmação. De acordo com o diretor da Central do Carnaval, muitos das grandes atrações do carnaval de Salvador preferem o Campo Grande à Barra. “Ali (Centro) tem uma coisa que para muitos artistas é muito bacana. Apesar de não ter o glamour dos camarotes e da televisão, naquela região tem muitas casas, apartamentos que são verdadeiros camarotes familiares. Vários músicos preferem esta relação mais próxima, mais direta com os foliões. Este é o prazer de muitos artistas. É lógico que existem outros que preferem a Barra. É muito dividido”, revelou.
Outro ouvinte falou sobre um terceiro circuito, citando como exemplo a região do Comércio, Centro Administrativo, Avenida Luís Eduardo Magalhães, entre outros. “Todas as vezes que discutimos o Carnaval este assunto vem à tona. Acredito que ali no Comércio, na Avenida Estados Unidos, é um boa opção, porque é ampla e tem acesso ao centro via Elevador Lacerda. Mas, acho que para discutirmos isso é preciso que o governo do estado e a prefeitura criem as condições para que os grandes artistas estejam presentes. Se tiver lá todos eles, e se os poderes públicos garantiram toda a infraestrutura eles não hesitariam, seria viável sim” disse.
