Blocos afro estão satisfeitos com formatação do Carnaval
Movimento negro sempre reclamou da pouca visibilidade | Divulgação
Publicado em 26/02/2014, às 10h26 Priscila Chammas
compartilhe:
No ano em que o Carnaval de Salvador homenageará os 40 anos dos blocos afro, os líderes destas entidades comemoram o maior destaque que terão nos desfiles, sobretudo com a estreia do afródromo. "As homenagens do Centro Histórico, o afródromo... isso é momento legal pros blocos e estamos torcendo pra dar certo, acreditando que vai dar certo", disse Vovô, do Ilê Ayê.
Sobre os horários do desfile, que sempre foram uma reclamação do movimento negro, Vovô se disse satisfeito. "Estamos satisfeitos sim com os horários. No sábado não tinha jeito porque tem o desfile na Liberdade, mas na segunda na terça o horário está dentro do que a gente tinha pedido", comemorou. O Ilê sai no sábado à 1h, na segunda às18h, e na terça às 19h. Como convidados, o bloco terá os cantores Lazzo e Beto Jamaica, além do ator Érico Brás.
No Cortejo Afro, o clima também é de satisfação. "Está sempre faltando alguma coisa, mas já melhorou bastante. O carnaval precisava dessa mudança, estava muito acomodado", disse Alberto Pita, fundador do Cortejo, antes de detonar a gestão do ex-prefeito João Henrique. "A antiga gestão era de gente preguiçosa, que não queria fazer nada. Temos muito que agradecer a Carlinhos Brown, que teve a ideia do afródromo. Se não fosse o afródromo o carnaval ia ficar daquele jeito".
Ao contrário de Vovô, Pita não gostou muito da mudança de horário. "Preferia o horário do ano passado, com o sol claro. O sol quente não é problema pra gente. Mas esse horário está bom também, o Caraval vai ser um sucesso", concluiu.
O guru do Gandhy, Tio Souza, diz que a posição do afoxé "é das melhores". "Concordamos com tudo aquilo que se faz de melhor, pensando no publico. Vai enriquecer o carnaval, que é a melhor festa do planeta", elogiou. O bloco abre os desfiles da Barra na segunda-feira, às 15h e na terça segue pelo tradicional circuito Batatinha, no Pelourinho, onde fica situada a sede do bloco.
Tio Souza aproveitou para orientar os foliões sobre o jeito certo de usar a fantasia. "O colar é azul e branco, não existe colar de outra cor. O turbante também não pode ter detalhes amarelos, rosa... É azul. Tem gente que coloca uns colares no turbante para enfeitar, mas isso não faz parte da vestimenta oficial do Afoxé Filhos de Gandhy. O bloco não pode ser descaracterizado", observou.
Entre as novidades deste ano, o guru anunciou que terá crianças em cima do trio, tocando ou vestidas de animais.
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa
Política de Privacidade e, ao continuar navegando,
você concorda com essas condições.
Divulgação
No ano em que o Carnaval de Salvador homenageará os 40 anos dos blocos afro, os líderes destas entidades comemoram o maior destaque que terão nos desfiles, sobretudo com a estreia do afródromo. "As homenagens do Centro Histórico, o afródromo... isso é momento legal pros blocos e estamos torcendo pra dar certo, acreditando que vai dar certo", disse Vovô, do Ilê Ayê. 
mas já melhorou bastante. O carnaval precisava dessa mudança, estava muito acomodado", disse Alberto Pita, fundador do Cortejo, antes de detonar a gestão do ex-prefeito João Henrique. "A antiga gestão era de gente preguiçosa, que não queria fazer nada. Temos muito que agradecer a Carlinhos Brown, que teve a ideia do afródromo. Se não fosse o afródromo o carnaval ia ficar daquele jeito".
