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Ilê Aiyê é bonito de se vê!

Publicado em 06/03/2011, às 00h08   Luiz Fernando Lima


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Fotos: Edson Ruiz // Bocão News

Há 34 anos o ritual se repete. Nem por isso deixa de emocionar e mostrar como são fortes as raízes do bloco Ilê Aiyê com a cultura afro, em particular o  candomblé. A cerimônia de saída do Ilê não é uma cena para encantar turistas. O ritual tem um objetivo, não sendo apenas uma encenanação. Tem um significado forte. É o pedido de licença do bloco aos orixá para que os cerca de 1500 integrantes do bloco possam desfilar tranquilos pelas ruas de Salvador.

Quando mãe Hilda jogava a pipoca no chão de barro da sede do bloco, no Curuzu, e soltava os pombos brancos pedia passagem para o Ilê seguir em paz os caminhos que levam ao centro da folia. Mãe Hilda se foi, mas o ritual segue com a sua sucessora, a ialorixá Mãe Hildelice, que comandou a cerimônia pela primeira vez. este ano.

 O ritual virou tradição, um espetáculo tão bonito de se vê e que leva às estreitas ruas do Curuzu, na Liberdade, personalidades dapolícia e do cenário artístico, sem contar com o povão que se espreme no pequeno espaço, disputando o privilégio de poder acompanhar o momento único e simbólico do carnaval de Salvador, uma dfas mais fortes demonstrações culturais desta queé a maior festade rua do país.

Tem gente que vem de longe, que se emociona, que chora e briga, faz qualquer sacrifício para participar do ritual, para receber um pouco de pipoca jogada ao ar ou até pombo na cabeça. Dizem que dá sorte! Se isso é verdade, ninguém sabe, mas que a saída do Ilê Aiyê é bonito de se vê, isso lá é.  

Classificação Indicativa: Livre

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