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De olho em 2025, ambulantes citam o que precisa melhorar no Carnaval

Sanny Santana | BNews
Fileira de ambulantes sempre tomou conta dos circuitos de Carnaval de Salvador.  |   Bnews - Divulgação Sanny Santana | BNews
Maiara Lopes

por Maiara Lopes

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Publicado em 12/02/2024, às 21h07


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Uma enorme fileira de ambulantes sempre tomou conta dos circuitos de Carnaval de Salvador. Em 2024, é claro, não foi diferente.

O BNews entrevistou alguns dos trabalhadores que estavam no circuito Osmar, no Campo Grande, nesta segunda-feira (12), para saber o que deve ser mudado para o Carnaval de 2025. As respostas foram quase unânimes, já que a grande maioria desejou uma melhor estrutura para suas vendas.

A ambulante Rosânia Mércia, de 49 anos, por exemplo, relatou as dificuldades pelas quais passou neste Carnaval e declarou que, para 2025, deseja uma barraquinha para os vendedores.

“Eu botaria uma barraquinha porque isso aqui [isopor] está sendo muito ruim para gente trabalhar. Além dela ser frágil, quando vem esses trios, o povo fica sem limite, descontrolado, vai pra cima dos ambulantes, quebra tudo”, ela inicia.

“Hoje mesmo perdi uma caixa porque uma mulher caiu aqui, quebrou toda (…) deveria botar uma barraquinha padronizada para os ambulantes”, completa.

Apesar da sugestão, a vendedora declarou que esse foi “um dos melhores carnavais” entre os que trabalhou. “Eu acho que está sendo um dos melhores carnavais pela organização, principalmente pelo banheiro, que colocaram banho para os ambulantes, que precisavam muito, nunca teve”, agradeceu.

Quele Santana, de 30 anos, também deixou claro que o Carnaval de 2024 foi bastante organizado e citou a retomada de grandes atrações no Campo Grande, o que levou mais clientes.

“As atrações estão bem melhores aqui no Campo Grande, a gente conseguiu trazer mais as atrações de antigamente, que não estavam mais aqui. Melhorou bastante a organização também. A fiscalização está ótima”, elogiou.

Como ponto fraco, no entanto, ela compartilhou da mesma opinião que Rosânia.

“Aqui a gente fica muito vulnerável. Quando vem um bloco maior, é muito empurra-empurra. Tem ambulante que acaba saindo prejudicado porque quebra a caixa. Se a gente tivesse uma estrutura, tipo uma barraquinha, algo melhor, melhoraria bastante”, afirmou.

Já Taiane Santos, de 27 anos, citou outro ponto que, para ela, deve ser melhorado: o preço da mercadoria.

Segundo ela, a venda não foi tão boa nesse Carnaval. “Melhoraria o preço da mercadoria, lógico. Eles [clientes] estão achando caro”, declarou, completando que também deseja mais “organização” entre os ambulantes.

Outra sugestão surgiu entre as ambulantes entrevistadas. Lauricia Santos, de 29 anos, declarou que gostaria que um abrigo fosse montado para que os vendedores não precisem dormir nas ruas.

“A gente não tem um hotel para ficar perto daqui, entendeu? Então a gente tem que ficar na rua, é complicado, né?“, questionou.

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