Esporte

Com ouro em Tóquio, Isaquias Queiroz se torna baiano com mais medalhas e 3º do Brasil em Olimpíadas

Miriam Jeske/COB
Canoísta de Ubatuba também passa a ser o atleta do Nordeste com mais pódios olímpicos  |   Bnews - Divulgação Miriam Jeske/COB

Publicado em 07/08/2021, às 13h09   Léo Sousa e Lara Curcino


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Com o ouro na prova C1 1000m da canoagem de velocidade, conquistado na madrugada deste sábado (7), em Tóquio, Isaquias Queiroz chegou à sua quarta medalha e se tornou o maior medalhista baiano e nordestino, isolado, da história das Olimpíadas. 

Entre atletas da Bahia, o canoísta natural de Ubatuba, no sul do estado, estava empatado em número de pódios com o soteropolitano Ricardo Santos, lenda do vôlei de praia, da dupla com Emanuel (ouro em Atenas-2004, prata em Sidney-2000 e bronze em Pequim-2008). 

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O ouro de Isaquias se soma, na sua galeria, às três medalhas alcançadas nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, quando o canoísta levou duas pratas e um bronze.

O baiano, agora, está igualado em pódios com o ex-líbero Serginho, do vôlei, duas vezes ouro (Atenas-2004 e Rio-2016) e duas vezes prata (Pequim-2008 e Londres 2012); e o ex-nadador Gustavo Borges, com duas medalhas de prata (100m livres em Barcelona-1992 e 200m livres em Atlanta-1996) e duas de bronze (100m livres em Atlanta-1996 e 4x100m livres em Sydney-2000). 


Isaquias rema rumo ao ouro nas águas de Tóquio (Miriam Jeske/COB)

Como Serginho e Gustavo Borges não competem mais, Isaquias é o único dos três que tem chances de aumentar o número de pódios e igualar ou ultrapassar os maiores medalhistas olímpicos brasileiros: os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael.

Grael também aposentou sua embarcação. Já Scheidt, que fez em Tóquio-2020 sua sétima participação em Olimpíadas, aos 48 anos, disse que deve mudar de categoria dentro da vela, mas deixou incerto seu futuro nos Jogos. 

“Não dá para pensar nisso agora, o que sei é que dificilmente volto a competir na categoria Laser”, afirmou o velejador, em entrevista pós-prova à TV Globo, ao ser questionado sobre a edição de Paris.

C2 1000

A quinta medalha poderia até ter vindo no Japão. Isaquias teve, ao lado do também baiano Jacky Godmann, chance de pódio na prova C2 1000m, mas a dupla ficou na quarta colocação.

"Com raiva", nas suas próprias palavras, o canoísta de Ubatuba fez uma prova final muito forte na categoria individual. Até largou atrás nos primeiros 250 metros, mas assumiu a ponta na metade final e atravessou à linha de chegada com tempo de 4m04s408 e boa margem de sobra para o chinês Hao Liu (4m05s724).

Classificação Indicativa: Livre

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