Olimpíadas

Após ser atropelado por trem e amputar membros, jovem representa o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Reprodução/Arquivo Pessoal
Gabriel Melone de Oliveira amputou a perna e o braço esquerdos em 2014, após um trem passar por cima dele.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Arquivo Pessoal

Publicado em 09/08/2021, às 10h56   Redação BNews


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O adolescente, Gabriel Melone de Oliveira, de 22 anos que sofreu um grave acidente envolvendo um trem em Cubatão, São Paulo, e precisou amputar um braço e uma perna, se tornou atleta paralímpico e vai representar o Brasil na natação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio neste ano. A informação é do portal 'G1'.

Em outubro de 2014, o adolescente estava pulando de um vagão para outro em um trem em movimento, e acabou caindo, próximo a um viaduto da Via Anchieta. Ao cair na linha férrea, a composição passou por cima dele, sendo necessário esperar todo o trem passar para ele ser retirado. O jovem foi resgatado e levado a um hospital, mas, apesar de ter sido socorrido a tempo, precisou amputar a perna e o braço esquerdos.

Após o grave acidente, Gabriel ficou um mês e seis dias internado. Ele acordou 11 dias depois do acidente, sem saber o que havia acontecido. Com o apoio da família, principalmente dos avós, e como medida de reabilitação, por recomendação médica, ele começou a nadar na piscina da Prefeitura de Cubatão, no mesmo ano em que se acidentou. Os médicos e técnicos viram que o futuro atleta estava se desenvolvendo bem e rápido. Ali, Melone encontrou um novo sonho: se tornar atleta paralímpico.

Seguindo com os treinamentos e alcançando resultados cada vez mais satisfatórios, o paratleta já era uma aposta para a Paralimpíada que aconteceria em 2020, porém, um acidente doméstico o deixaria fora da seletiva para os Jogos. Contudo, a chegada da pandemia fez com que a avaliação fosse cancelada.

Em 2021, no auge dos treinamentos, ele estava pronto para a seletiva, mas não esperava que o coronavírus causaria outro problema ao seu desempenho. Dias antes da avaliação, Melone perdeu a avó e o padrasto para a Covid-19. Porém, o jovem decidiu não desistir da seletiva, que começaria em maio, já que ela também estava nos sonhos dos entes queridos que faleceram. Os esforços deram resultado, e o cubatense passou a integrar a seleção brasileira de paratletas.

Gabriel já se encontra em Tóquio, em protocolo de segurança para o início da competição, que começa no dia 25 de agosto. 

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