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Com legalização da maconha no Arizona, cães farejadores podem ficar 'desempregados'

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Com a legalização, o uso contínuo de cães farejadores pode prejudicar processos judiciais  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Youtube

Publicado em 11/03/2021, às 09h09   Redação BNews


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A legalização da maconha no estado do Arizona, nos Estados Unidos, pode deixar alguns alguns cães farejadores desempregados. Por muitos anos, os K9s foram treinados para farejar drogas ilegais. Até o ano passado, os cães eram treinados para detectar maconha, cocaína, heroína e metanfetamina.

“Os cães não falam, por isso não conseguem se articular. Eles são treinados para encontrar quatro odores. Quando um cão alerta, não podemos dizer qual desses odores ele está encontrando”, disse Wes Zygmont, treinador da K9 Defense em Scottsdale, em entrevista à uma emissora local. As informações foram repercutidas pelo Canal do Pet, no Brasil.

Desta forma, com um cão treinado para detectar todos os quatro odores, não há como saber se um cão está alertando seu dono sobre uma droga ilegal ou maconha. Antes de a maconha ser legalizada, o “alerta” de um cachorro poderia fornecer uma causa provável para um policial procurar drogas. “Apenas o mero odor não é mais causa provável para um crime”, explicou o sargento Andy Williams.

Com a legalização da maconha, o uso contínuo de cães farejadores pode prejudicar processos judiciais. “Portanto, mesmo usando a ferramenta, ela prejudica completamente o caso ou qualquer parte do trabalho que o policial está fazendo”, explicou Zygmont.

Agora, em todo estado, dezenas de cães vão ser substituídos ou terão novas atribuições. Segundo o Departamento de Segurança Pública do Arizona, eles tinham 18 cães farejadores de maconha até novembro do ano passado. Oito foram substituídos até agora, mas ainda precisam de mais 10.

A polícia de Phoenix e o Departamento de Segurança indicaram não acreditar que esses cães possam receber novo treinamento para não cheirar maconha. Mas, K9 Defense acha que é possível e está tentando provar isso.

Eles acreditam que se removerem o reforço positivo de encontrar maconha, eventualmente, o cão irá parar de dar um alerta ao cheiro.  Ao substituir esses instintos por novas imagens sem reforço positivo, o K9 acredita que pode retreinar os cães.

No entanto, os cães costumavam farejar o que os agentes da DEA e as autoridades policiais não podiam rastrear agora.

Até novembro do ano passado, cinco estados nos EUA aprovaram a legalização da droga para fins recreativos ou medicinais: Nova Jersey, Arizona, Dakota do Sul e Montana. Agora, um terço dos americanos vive em locais onde a droga é legal para maiores de 21 anos.

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