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Cães e gatos cegos: Como adaptar a casa para nossos amigos de quatro patas

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Segundo a oftalmologista veterinária, Renata Monção, é possível identificar que o animal enfrenta dificuldades para enxergar a partir de alguns comportamentos  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram

Publicado em 11/03/2021, às 11h58   Adelia Felix


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Seja por causa da idade avançada do animal ou porque uma doença impactou sua visão, certamente, tutores de cães ou gatos terão que se adaptar à nova vida do pet. Segundo a oftalmologista veterinária, Renata Monção, os animais com perda visual tendem a se adaptar ao ambiente com o tempo, mas é preciso ter atenção para que eles não se machuquem neste período.

“Essa adaptação pode demorar um pouco, principalmente, em relação a subir e descer as escadas novamente. É importante salientar que o paciente canino vai precisar usar coleira para caminhar ao seu lado nas escadas, guiando-se com a sua voz”, explica.

De acordo com a especialista, nesse momento delicado na vida do pet, alguns produtos disponíveis no mercado podem ajudá-lo na adaptação, como coleiras coleiras guias para evitar que cães cegos se batam em objetos e acabem se machucando.

Além disso, ela também afirma que a companhia de outro animal pode ajudar bastante na adaptação do nosso amigo de quatro patas.

Sinais de alerta
Segundo Renata Monção, é possível identificar que o animal enfrenta dificuldades para enxergar a partir de alguns comportamentos. De acordo com a especialista, entre os sinais de desconforto ocular estão: piscar excessivo, lacrimejamento intenso, olhos vermelhos, dificuldade de manter os olhos abertos, além disso, alteração na coloração da íris (principalmente em gatos), perda de transparência da córnea, aumento de volume do bulbo do olho e secreção ocular em grande quantidade.

Doenças comuns 
Ainda de acordo com a médica veterinária, entre as doenças oftalmológicas que acometem a visão de cães estão ceratoconjuntivite seca, ceratite ulcerativa (úlcera de córnea), uveítes (inflamação intraocular), ceratite pigmentar, distúrbios dos cílios (triquíase, distiquíase e cílio ectópico, alterações palpebrais (entrópio e ectrópio), glaucoma e catarata. Já os felinos podem sofrer mais com conjuntivite viral e bacteriana, ceratite ulcerativa e não ulcerativa, sequestro corneano, uveítes e glaucoma.

Renata ressalta que muitas doenças oftálmicas que acometem esses pets são passíveis de reversibilidade “Desde que o diagnóstico seja feito de forma correta por profissional capacitado para identificar a doença que está acometendo a visão e que o tratamento seja feito com brevidade com as medicações indicadas para cada caso”, afirma.

No entanto, o grande problema, segundo a veterinária, é que “muitos pacientes chegam ao especialista já com danos irreversíveis, por diversos motivos, seja pela demora de ser levado para atendimento ou por diagnóstico indevido ou tratamento incorreto”.

Apesar de possuir uma capacidade impressionante de se adaptar a novas situações. Cães, por exemplo, têm outros sentidos aguçados, como audição, e, principalmente, o olfato. Mas, isso não significa que os animais não precisam de nossa ajuda. Por isso, a oftalmologista veterinária Renata Monção separou algumas dicas para nossos leitores:

Confira algumas recomendações que a oftalmologista veterinária Renata Monção separou para nossos leitores:
1. Remover os objetos pontiagudos, quebradiços e perigosos que seu cão possa encontrar;
2. Manter as tigelas de água e comida no mesmo local. Isso ajuda o animal a se localizar no ambiente;
3. Evitar trocar móveis de local ou colocar novos objetos próximos a passagens no ambiente de locomoção deste animal;
4. Usar portões de bebê ou outras barreiras para bloquear as escadas e outras áreas perigosas para evitar quedas;
5. Coloque texturas diferentes de tapetes para sinalizar e alertar possíveis obstáculos como degraus, por exemplo.

Classificação Indicativa: Livre

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