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Vacina contra covid-19 produzida no Brasil avança em testes com animais

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Bnews - Divulgação tiburi via Pixabay / CC0

Publicado em 14/04/2021, às 08h03   Redação BNews


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Uma etapa importante no desenvolvimento de uma vacina contra covid-19 no Brasil foi alcançada por pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas (INCTV) com o uso de animais. A pesquisa é desenvolvida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas e no Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Os cientistas entraram na fase “prova de conceito”, quando é verificado se o imunizante tem potencial para produzir resposta imune e proteção. De acordo com o pesquisador Ricardo Gazzinelli, coordenador do INCTV, os resultados foram bastante animadores, pois demonstraram que a vacina não apenas protegeu os animais de laboratório (camundongos) vacinados, como também evitou qualquer manifestação clínica da doença.

Agora, a próxima fase consiste nos testes em primatas não-humanos (macacos) e tem por objetivo identificar a capacidade da resposta imune na produção dos anticorpos que combatem o Sars-CoV-2. São testes fundamentais para o passo seguinte, que é a realização dos testes clínicos em humanos.

Para a Fiocruz, a expectativa é que essa última etapa comece ainda este ano. O desafio é que se trata de uma fase que requer uma estrutura mais complexa. Pois, será necessária a produção de um lote piloto do produto, cuja fabricação deve seguir critérios de boas práticas, de forma a serem usados em pacientes humanos, ou seja, depende de maior volume de recursos financeiros.

Pesquisa
Os estudos voltados para o desenvolvimento da vacina contra a covid-19 começaram em março de 2020. No decorrer do ano, foram testadas diversas plataformas, mas a que se mostrou mais viável é a técnica que consiste na fusão de duas proteínas.

“Usamos uma proteína recombinante (Spyke) e proteína do coronavírus. Fizemos, então, uma proteína, que estamos chamando ‘quimera’, que é a junção dessas duas proteínas em um único antígeno”, explica o pesquisador. Foi essa “quimera” que, segundo Gazzinelli, nos testes em animais, conferiu 100% de proteção ao Sars-CoV-2.

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