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Cães treinados farejam covid-19 com 96% de acerto na Tailândia

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Publicado em 02/06/2021, às 08h34   Redação BNews


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Três cães da raça labrador de uma clínica da Universidade Chulalongkorn, em Bancoc, capital da Tailândia, fazem parte de um corpo global que está sendo treinado para farejar a covid-19 em pessoas. As informações são da Folha de São Paulo.

Os cachorros em treinamento no país asiático - Angel, Bobby, Bravo e três outros, Apollo, Tiger e Nasa - detectaram com precisão o vírus em 96,2% das vezes em ambientes controlados, segundo os pesquisadores. "Para cachorros, o cheiro é óbvio, como de churrasco para nós", disse Kaywalee Chatdarong, vice-reitor de pesquisa e inovação na faculdade de ciência veterinária da Universidade Chulalongkorn, em Bancoc.

Cães farejadores trabalham mais depressa e por um custo muito menor que os testes de reação em cadeia da polimerase (PCR na sigla em inglês), dizem seus proponentes. Uma farejada com seus focinhos sensíveis basta para identificar em um segundo o composto orgânico volátil ou a mistura de substâncias que são produzidas quando uma pessoa com Covid-19 espalha células doentes, dizem os pesquisadores.

"Os testes de PCR não são imediatos, e há resultados falsos negativos, enquanto sabemos que os cães podem detectar a Covid em sua fase de incubação", disse Anne-Lise Chaber, especialista em saúde interdisciplinar na Escola de Ciências Animais e Veterinárias na Universidade de Adelaide, na Austrália, que trabalha há seis meses com 15 cães farejadores de Covid.

Segundo a reportagem, alguns métodos de detecção, como o rastreamento de temperatura, não podem identificar pessoas infectadas que não apresentam sintomas. Mas os cães, sim, porque os pulmões e a traqueia infectados produzem um odor característico. E esses animais precisam de menos moléculas para farejar a Covid do que as necessárias para testes de PCR, segundo pesquisadores tailandeses.

Ainda de acordo com o jornal, os labradores tailandeses fazem parte de um projeto de pesquisa conduzido conjuntamente pela universidade e a companhia de petróleo Chevron. A empresa havia usado cães para testar seus funcionários nas plataformas marinhas para uso de drogas ilegais, e um diretor tailandês se perguntou se os animais poderiam fazer o mesmo com o coronavírus. Na teoria, para um cachorro farejar a Covid-19 não é diferente de farejar narcóticos, explosivos ou um pacote de salgadinhos escondido num bolso.

A publicação detalha também que estudos preliminares realizados em diversos países sugerem que seu índice de detecção pode superar o do teste de antígeno rápido, muito usado em aeroportos e outros locais públicos. A ideia é que os cães possam ser utilizados em lugares públicos muito frequentados, como estádios esportivos ou centros de transporte, para identificar pessoas portadoras do vírus. 

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