Abrigos de animais ficam destruídos por causa das fortes chuvas em Jequié; veja imagens

Os abrigos de animais em Jequié, na Bahia, foram bastante afetados pelas fortes chuvas que caíram na região neste domingo (25). Para ajudar, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do município tem feito uma campanha para arrecadar doações para os protetores. Acontece que o retorno não tem sido como esperado.

A presidente da Comissão de Defesa dos Animais da OAB, Débora Cristina Nascimento Novaes, está à frente da campanha para arrecadar valores para comprar rações e remédios para animais de resgatados. A OAB irá ajudar o Grupo Solar, a ONG Protege Animal e a Associação de Proteção da Vida Animal.

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A fundadora do Grupo Solar, identificada como Analu, disse, ao BNews, que a situação está bastante complicada na região. Analu contou ainda que a parede do abrigo caiu e os chãos estão esburacados após ficarem alagados. Mesmo com as campanhas para ajudar a ONG, ela disse que o retorno tem sido abaixo das expectativas.

"Infelizmente, as pessoas não ligam muito para os animais", disse Analu. "Débora disse que, infelizmente, a quantidade que ela tinha recebido foi pouca e ela ficou até com vergonha", relembrou.

Um médico-veterinário parceiro do grupo disponibilizou três atendimentos gratuitos para a ONG para os animais vítimas da enchente. Apesar do gesto, a situação está longe de estar solucionada. "Hoje mesmo tiveram dois animais que não tivemos como resgatar porque não temos mais onde colocar", disse a fundadora da ONG.

"O nosso grande problema é que temos muitos animais vítimas de maus-tratos e que são especiais, então não conseguimos adoção. Com isso, não sobra vaga para ajudarmos outros", explicou. Ela ainda relembrou que, no momento mais crítico das enchentes, conseguiu resgatar alguns cães, mas os gatos, por serem mais difíceis de manusear, foram mais complicados.

"A gente acredita que muitos gatos de rua tenham morrido", disse ela.

O abrigo já conseguiu receber alguns sacos de cimento e ração, que dá para amenizar nessa semana, mas pediu que, quem puder, continue ajudando. "Tudo para a gente é muito bem-vindo. Ajudamos os nossos animais, animais de protetores independentes e os animais de rua", disse.

O abrigo não recebeu nenhum apoio governamental. "A prefeitura da cidade nunca nos ajudou em nada, em nenhuma gestão", afirmou Analu. "Inclusive, até a gestão passada, eles queriam me cobrar quando a gente ia fazer feirinha de adoção na rua. Eu dizia que eu não ia pagar e que a polícia poderia me pegar. Eles nunca foram [prendê-la]", contou ela.

"Eu não pago. É um desaforo. Eu disse: 'Estamos fazendo um trabalho que vocês deveriam fazer. Animal doente na rua é questão de saúde pública. Pegamos esses animais, tratamos esses animais e colocamos para a doação. Não é possível que na hora da feirinha de adoção a gente tenha que pagar'", finalizou.

Confira as formas de ajudar os abrigos:

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