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Tutores se importam menos com gatos do que com cães, aponta estudo

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Estudo aponta que pessoas se importam menos com gatos e pesquisa traça motivos  |   Bnews - Divulgação Гульнара por Pixabay
Milena Ribeiro

por Milena Ribeiro

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Publicado em 26/10/2023, às 12h33


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Os cães são melhores amigos do homem? A pesquisa publicada nesta segunda-feira (23), no periódico científico Frontiers, apontou que isso pode ser verdadeiro. Os pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, indicaram que as pessoas são mais apegadas e mais dispostas a financiar cuidados médicos para seus cães do que para seus felinos.

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Os pesquisadores ouviram tutores de cães e gatos, entre 18 e 89 anos, de três países: Reino Unido, Dinamarca e Áustria. Além de afirmar ou não a teoria de que donos de pets são menos apegados a gatos, os cientistas queriam descobrir se a urbanização influencia nesses resultados.

A urbanização no Reino Unido começou no final do século XVI. Na Dinamarca, isso só aconteceu no século XIX. Já a Áustria só atingiu sua formação atual em 1918, logo é difícil estabelecer uma data precisa para a urbanização, contudo acredita-se que o processo tenha começado antes mesmo da Dinamarca.

"Pensamos ser possível que esses padrões históricos pudessem levar a diferenças entre países porque, em ambientes rurais tradicionais, os gatos eram abundantes e normalmente não eram permitidos dentro de casa", disse o estudo.

"Dada essa relação culturalmente específica com os gatos, não seria surpreendente que eles ocupassem um lugar abaixo na chamada escala sociozoológica em países onde o passado agrícola era bastante recente (como a Dinamarca), mas ocupassem um lugar mais alto, mais próximo dos cães, em países que foram urbanizados há muito tempo (como o Reino Unido e a Áustria)", acrescentou.

No estudo, 2.117 pessoas foram selecionadas: 872 era tutoras de gatos, 844 tutoras de cães e 401 dividiram-se cuidando das duas espécies. Elas responderam questões relacionadas ao apego emocional, aos investimentos em assistência médica e às expectativas em relação aos tratamentos veterinários. 

Os resultados apontaram que os tutores são mais apegados aos cães. Os entrevistados disseram que tendem a segurar seus cachorros com mais frequência e proporcionar melhores tratamentos para eles.

Na Áustria e na Dinamarca, os índices daqueles que são mais apegados aos cães superam de maneira considerável aqueles que preferem os felinos. Já no Reino Unido, apesar do número dos apaixonados por cães também serem superiores, a diferença não é tão grande.

O estudo concluiu que as preferências podem ter relação com o passado agrícola, em que os cães eram mais próximos das pessoas do que dos gatos, ou ao fato dos caninos serem mais dependentes dos seus pets, ou também dos cachorros estarem mais próximos dos afazeres cotidianos dos tutores, como passeios e exercícios.

Apesar do estudo apontar a predileção dos tutores por caninos, os pesquisadores pontuaram que apenas estudos mais amplos e em outros países poderiam confirmar se a tendência é universal.

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