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Presidente do DEM-SE prega "desprendimento" dos dois lados caso fusão com PSL se efetive

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Publicado em 20/09/2021, às 12h14   Luiz Felipe Fernandez


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Presidente do DEM em Sergipe, o ex-deputado José Carlos Machado crê que a fusão do partido com o PSL não está cravada e aguarda reunião da Executiva nacional nesta terça-feira (21) para, somente a partir daí, sentar para conversar com as lideranças locais.

O antigo vice-governador do estado salientou, no entanto, que será necessário "desprendimento" de ambos os lados para que esta união seja próspera.

"Não adianta criar problema, que não vai ser o pequeno diretório do DEM em Sergipe que vai evitar a fusão", disse o cacique ao BNews, lembrando que uma fusão pode desagradar filiados das duas legendas que podem decidir pela saída por falta de identificação.

O PSL-SE é presidido por Yandra Moura, filha do ex-deputado e ex-secretário da Casa Civil no Rio de Janeiro, André Moura, que tem controle do grupo político. Nos bastidores, os dois são cotados para assumir o "super" partido. 

"A única coisa que posso fazer é aguardar e, se acontecer a fusão, vamos cobrar do presidente uma reunião. Depois, pensamos em abrir um diálogo co os filiados do PSL em Sergipe. É preciso ter desprendimento de todas as partes eu estou totalmente desprendido para conversar", acrescenta.

Na avaliação do ex-vice prefeito de Aracaju, uma eventual fusão poderia ajudar na composição de uma chapa para deputado federal "com grandes hipóteses de eleger um ou dois" para a bancada, e vencer a dificuldade dos partidos de emplacarem um parlamentar de Sergipe em Brasília.

Atualmente, o DEM de Sergipe tem a representante do estado no Senado, Maria do Carmo, que vai estar na reunião da Executiva Nacional que deve decidir ou não pela fusão ao PSL. 

Ciente da envergadura do partido, José Carlos Machado diz que o DEM é "muito mais bem estruturado" que o PSL no estado, com cerca de 50 vereadores eleitos, e que neste cenário "tudo tem que ser levado em conta" no momento de serem feitas as "concessões".

"Vamos sentar e encontrar uma nova executiva, um novo diretório. Numericamente, estamos muito mais bem estruturados do que o PSL, nós temos 50 vereadores, o PSL não sei quantos tem. Eles têm um candidato ao Senado [André Moura], mas nós temos uma senadora eleita. Tudo tem que ser levado em conta nessas concessões, não adianta fazer fusão para o partido ficar mais fraco. Tem que fundir com o intuito de transformar a nova legenda em um partido mais forte do que é o DEM e o PSL hoje", explica.

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