BNews Nordeste

Governo Bolsonaro veta médico de Sergipe que criticou cloroquina como chefe de programa de imunização

Divulgação
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o médico afirmou ser favorável à vacinação de crianças e adolescentes, criticou fake news sobre a campanha de imunização e disse que está "suficientemente comprovado" que medicamentos do "kit Covid" não têm eficácia  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 29/10/2021, às 13h00   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O pediatra Ricardo Queiroz Gurgel, nomeado para a coordenação do PNI (Programa Nacional de Imunizações), não não vai assumir mais o cargo. Segundo Gurgel, ele decidiu ir para Brasília nesta quinta-feira (28) para entender por que ainda não havia sido chamado para assumir a pasta que está sem comando há quase quatro meses. Ao chegar ao Ministério da Saúde, soube que estava fora dos planos do governo.

O pediatra levanta bandeiras opostas às do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o médico afirmou ser favorável à vacinação de crianças e adolescentes, criticou fake news sobre a campanha de imunização e disse que está "suficientemente comprovado" que medicamentos do "kit Covid" não têm eficácia.

Durante sua ida a Brasília nesta quinta (28), o médico foi recebido no Ministério da Saúde por um subordinado do secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros. Segundo ele, Medeiros afirmou que não há chances de Gurgel virar chefe do PNI, mas sem entrar em detalhes. O pediatra iria assumir o cargo no lugar de Francieli Fontana, enfermeira e servidora da Saúde que pediu demissão no fim de junho.

Leia também:Saúde aguarda decisão da Casa Civil para nomear médica substituta de ex-coordenadora do PNI

Ns redes sociais, apoiadores do presidente moveram campanha contra a nomeação de Gurgel ao PNI. Argumentaram que ele e sua esposa, que fez publicações críticas ao governo Bolsonaro na internet, não estavam alinhados com o presidente.

O pediatra afirma que se desvinculou da Universidade Federal de Sergipe para assumir o comando do PNI, mas nem sequer recebeu instruções do ministério sobre como assumir o cargo. Ele disse que não sabe se receberá salário pelo período em que esteve nomeado no governo Bolsonaro.

Gurgel não é o primeiro escolhido de Queiroga que é derrubado por se opor a pautas negacionistas. A médica Luana Araújo, anunciada em maio para o cargo de secretária de Enfrentamento da Covid-19 do Ministério da Saúde, foi dispensada dez dias depois. Informações do FaxAju.

Leia também

Acompanhe o BNews Sergipetambém no Instagram

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp