BNews Nordeste

Comandante-geral da PM de Sergipe descarta disputar eleições em 2022

Divulgação / GovSE
Em entrevista ao BNews, o coronel Marcony Cabral reforçou que seu foco é comandar a corporação.  |   Bnews - Divulgação Divulgação / GovSE

Publicado em 21/12/2021, às 09h51 - Atualizado às 10h02   Adelia Felix e Milena Ribeiro


FacebookTwitterWhatsApp

Comandante-geral da Polícia Militar de Sergipe (PM-SE), o coronel Marcony Cabral afirmou ao BNews que não pretende disputar nenhum cargo legislativo nas eleições de 2022. À reportagem, o militar avaliou que, provavelmene, por causa do tempo que ocupa o posto na corporação [desde 2016], surgem comentários de que seu nome “seria interessante” para disputa.

“Nunca partiu de mim esse interesse, nunca recebi convite. Eu ouço comentários que eu deveria pensar nisso, mas o meu foco é continuar, até quando Deus permitir, comandando a Polícia Militar para que a gente possa preparar a Polícia Militar, e que o próximo comando tenha uma corporação melhor do que a que nós recebemos”, disse.

E, reforçou: “Eu acredito que se eu me preocupar com qualquer voo na seara política, isso poderá tirar a legitimidade dos nossos atos. Veja, desde que eu sou tenente até hoje eu faço muito isso, policial nosso está internado, a gente vai no hospital, visita, vai na casa, corre atrás de melhores condições para ele ou recebemos aqui no gabinete. Se durante o comando, a gente focar nesse assunto, vão dizer ‘Está fazendo isso porque tem interesse político’”. 

Gestão
Marcony assumiu o comando da PM-SE no governo de Jackson Barreto, em fevereiro de 2016. Desde então, segundo o coronel, foi eleito como prioridade o “material humano” e vários avanços foram conquistados pela corporação.

“Estamos investindo agora em melhorias em nossas instalações, tem tido um investimento muito grande, tanto no âmbito federal, como no âmbito estadual. Hoje, nós temos melhorias no tipo de alimentação, auxílio uniforme, criamos novas unidades da corporação. Então, a própria progressão por tempo de serviço foi fundamental porque o policial não tinha perspectiva de progressão na carreira e tudo isso tem sido resolvido. Depois de mais de 100 anos de existência, nós temos agora um regulamento próprio”, afirmou.

Leia mais sobre Sergipe

Polícia Federal deflagra Operação Bartimeu em municípios sergipanos e em Pernambuco
Polícia Civil prende padrasto por estuprar enteadas de 15 e 18 anos
Operação contra fraudes suspende mais de 200 benefícios do INSS em Sergipe

O militar ainda comentou sobre o projeto do Poder Executivo que trata a respeito do Sistema de Proteção Social dos Militares de Sergipe, apresentado no último dia 15, ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Luciano Bispo (MDB). A proposta em discussão, segundo Marcony, consolida as garantias e direitos na aposentadoria dos militares sergipanos.

“Depois de muito tempo trabalhando essa legislação a várias mãos, formamos comissões de oficiais e praças do Bombeiro e da Polícia Militar, que construíram a legislação sólida. É mais um avanço que nós estamos fazendo e vai ser muito bom para a segurança jurídica do sistema, por assim dizer, previdenciário dos policiais militares e bombeiros militares”. 

Aumento do efetivo
Atualmente, a PM sergipana tem cerca de 500 mulheres e 4.500 homens. Segundo Marcony, não há previsão de um novo concurso, mas, o planejamento do governador Belivaldo Chagas (PSD) é chamar os remanescentes da última seleção.

“Já temos uma expectativa de, pelo menos, completar o nosso efetivo. Porque, na verdade, o nosso efetivo previsto em torno de 6.200 homens, essa previsão já é insuficiente na nossa realidade. A cidade cresceu muito, existem outras demandas, novos bairros nas diversas cidades do Estado, mas como conseguimos superar essas dificuldades? O governo investiu muito em tecnologia. Hoje, nós temos um serviço de câmeras espalhadas pelo Estado, inclusive câmeras que conseguem identificar veículos roubados ou furtos e delitos. Mas, nós precisamos realmente completar nosso efetivo”. 

A chamada desses futuros militares, segundo o comandante, deve ficar para o próximo governo, “quando não exista nenhum impedimento legal”. Já que em ano eleitoral, há restrições em nomeações.

Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp