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Sergipe tem as piores rodovias entre os estados do Nordeste, diz CNT

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A pesquisa identificou ainda 22 pontos críticos no estado, sendo que em 21 trechos haviam buracos maior que um pneu  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/12/2021, às 12h28   Redação


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Entre os estados do Nordeste, Sergipe é o ente federativo que apresenta as piores rodovias, segundo a Pesquisa Rodoviária 2021 da Confederação Nacional do Transporte (CNT). O estado sergipano apresentou 38,4% das estradas consideradas ruins. Os dados foram divulgados pelo Jornal do Comércio.

De acordo com o levantamento, 74,3% da malha rodoviária pavimentada avaliada do estado apresentam algum tipo de problema, sendo consideradas regulares, ruins ou péssimas; e 25,7% da malha são consideradas ótimas ou boas.

Sobre a sinalização, o estudo identificou que 87,1% da extensão da malha rodoviária da região são consideradas regulares, ruins ou péssimas; 12,9%, ótimas ou boas; 25,1% da extensão está sem faixa central e 27,3% não têm faixas laterais.

A pesquisa identificou ainda 22 pontos críticos no estado, sendo que em 21 trechos haviam buracos maior que um pneu. Por causa das condições do pavimento no estado, houve um aumento de custo operacional do transporte de 32,4%. Isso reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos.

O levantamento indicou que as péssimas condições necessitam de ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, e são necessários R$ 557,5 milhões. O meio ambiente também é impactado com a situação. Estima-se que haverá um consumo desnecessário de 5,6 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária no estado. E, esse desperdício custará R$ 24,76 milhões aos transportadores.

O ranking ficou: Sergipe (38,4%), Maranhão (36,3%), Pernambuco (32,4%), Paraíba (25,6%), Rio Grande do Norte (24,3%), Bahia (18,2%), Ceará (17,7%), Piauí (13,5%) e Alagoas (1,4%). Segundo o jornal, a classificação da malha nordestina é preocupante porque, diferentemente da região Norte, que tem força econômica no transporte aquaviário, o Nordeste é totalmente dependente do transporte rodoviário.

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Ainda de acordo com a publicação, pelos cálculos da CNT, inclusive, o investimento necessário para recuperar as rodovias da região, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, seria de R$ 15,2 bilhões. Além disso, em 2021, a CNT estimou que houve um consumo desnecessário de 257 milhões de litros de diesel devido à má qualidade do pavimento da malha rodoviária nordestina. Esse desperdício custará R$ 1,13 bilhão aos transportadores.

“Isso deve ser um alerta porque, de fato, o Nordeste tem toda a logística dependente do transporte por rodovias e, se elas estão ruins, o custo econômico será maior. A região Norte, que teve o maior percentual de estradas com deficiência, tem uma malha rodoviária bem menor e um transporte aquaviário forte”, confirma o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

As melhores
As 10 melhores estradas estão, como sempre, em São Paulo, onde há uma concentração de rodovias sob gestão concessionada nas posições com melhor classificação. Os trechos que apresentaram mais problemas estão sob gestão pública e distribuídos em três regiões: no Nordeste, em Pernambuco, Maranhão e Bahia; no Norte; no Amazonas e Acre; e no Sul, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

As piores
A Pesquisa CNT de Rodovias 2021 apontou que os piores trechos rodoviários estão em quatro estados da Região Norte: Rondônia, Acre, Amazonas e Amapá, que não tiveram extensões classificadas como ótimo. Já o Distrito Federal, Espírito Santo e Alagoas surpreenderam porque não tiveram trechos avaliados como péssimos.

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Classificação Indicativa: Livre

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