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Termo de cooperação vai beneficiar mais de 450 internos do sistema carcerário baiano com cursos sobre empreendedorismo

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Representantes da Justiça, da secretária de Administração Penitenciária da Bahia e Sebrae concederam entrevista ao BNews  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Youtube

Publicado em 23/11/2018, às 16h08   Rafael Albuquerque



Foi aprovado no início deste mês um Termo de Cooperação Técnica Interinstitucional que visa promover a ressocialização de aproximadamente 450 internos do sistema carcerário baiano. O Termos é uma parceria entre Tribunal de Justiça da Bahia, através do Núcleo de Justiça Restaurativa da Bahia, representado pela presidente de seu comitê gestor, desembargadora Joanice Maria Guimarães, e do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário da Bahia (GMF-Bahia), representado pelo seu supervisor, o desembargador Lidivaldo Reaiche Britto; secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, representada pelo chefe da pasta Nestor Duarte; e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (Sebrae) representado pelo diretor superintendente, Jorge Khoury, e por seu diretor administrativo e financeiro, José Cabral Ferreira.

O termo visa o emprego de esforços entre os partícipes para a promoção e implementação do projeto "Atendimento com soluções de gestão e empreendedorismo para grupos vulneráveis visando a reinserção social de reeducandos em cumprimento de pena no regime semiaberto do Sistema Penitenciário do Estado da Bahia". Assim, a ideia é levar aos presos o tema empreendorismo, tão importante em tempos de taxas de desemprego tão altas. Na prática, o projeto tem como objetivo a difusão da cultura empreendedora para grupos vulneráveis por meio da realização de cursos de capacitação, palestras e com foco na disseminação da cultura inovadora e no estímulo aos pequenos negócios, voltados para os cumpridores de penas do regime semiaberto do Sistema Penitenciário Estadual.

Também visa a implementação de ações / atividades que possibilitem o aproveitamento para a diminuição das penas dos reeducandos que participarem e a articulação de parcerias visando a reinserção no mercado de trabalho dos reeducandos que concluírem os cursos de capacitação. Alguns representantes dos entes que assinaram o Termo de Cooperação Técnica receberam nossa reportagem para explicar mais sobre o projeto de ressocialização de internos do sistema carcerário. No gabinete da desembargadora Joanice Guimarães a reportagem conversou com o juiz Antonio Faiçal, Coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário da Bahia, Luis Antônio, superintendente de ressocialização da Seap, e Uilma Augusta, representante do Sebrae sobre a temática.

Faiçal falou da importância da motivação nesse processo: "queremos, inclusive, que essas pessoas possam ser multiplicadoras. Essa foi a grande conversa com o Sebrae. Essas pessoas serão motivadoras, serão incentivadas a passar esse conhecimento adiante". Luis Antônio deu um exemplo prático do que a ressocialização pode causar: "nós temos hoje um empregador de mão-de-obra carcerária que era ele próprio empregado enquanto preso cumpridor de pena. Ele terminou de cumprir a pena dele, ele abriu uma microempresa e ele hoje emprega mão-de-obra carcerária". Já Uilma Augusta explicou que "é uma quebra de paradigma. A Bahia está fazendo uma grande virada. 2018 está terminando com uma consagração da Justiça baiana... Nós vamos começar a colocar em prática o que já vinha sendo trabalhado no trabalho de formiguinha, agora com a chancela do sistema S, que é o Sebrae. A missão do Sebrae é fomentar o empreendedorismo, tornar essas pessoas donas dos seus destinos". Confira abaixo os melhores momentos das entrevistas:

Classificação Indicativa: Livre

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