Hilton descarta chapa com Vilma Reis: "Divergência muito grande com campo da esquerda"

Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de Salvador, Hilton Coelho descartou uma possível chapa com a ativista Vilma Reis (PT) para o pleito. Segundo o deputado estadual, ainda que a sua trajetória reafirme a importância de uma candidatura feminina e negra, a afirmação da socióloga como "militante do PT" no contexto atual do partido representa uma "divergência muito grande com o campo da esquerda".

Hilton, que marcou presença na tradicional Mudança do Garcia, nesta segunda-feira (24), não economizou nas críticas à gestão de Rui Costa, à qual disse estar passando por uma "radicalização" mediante "posturas conservadoras".

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"Existe um afastamento dessa possibilidade [chapa com Vilma Reis]. Ao se afirmar como militante do PT, no atual contexto, marca uma divergência muito grande com o campo da esquerda, principalmente com a radicalização do governo Rui Costa, com posições conservadoras", explicou em conversa com o BNews.

O psolista aponta o "comportamento" do governo da Bahia com a juventude negra, bem como a reforma da Previdência no estado, como questões que distoam do posicionamento do seu partido. Hilton Coelho acrescentou os impactos ambiuentais e o "racismo institucional" presente na construção da Ponte Salvador-Itaparica, e o fechamento de escolas que ganhou visibilidade com o Colégio Odorico Tavares, como outros pontos de discordância.

Para o deputado, a ausência de Vilma Reis nestes debates tornam a sua candidatura em uma chapa com o PSOL, inviável.

"Toda essa sisutaçaõ, que merece uma crítica incisiva, que infelizmente não tem sido feita, e não esperávamos que fizesse por qualquer candidatura petista", disparou. 

Sem incluir o PT no rol de partidos de esquerda, por outro lado, Hilton já conta com o apoio do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da Unidade Popular, que se manifestaram a favor da sua candidatura. A tendência é de que o nome do vice na chapa possa sair de um deles.