Prefeitura distribuirá 3 milhões de preservativos no Carnaval

O anúncio foi feito durante o lançamento da campanha nacional do Ministério da Saúde | Carlos Alberto/BNews

Publicado em 22/02/2019, às 11h34 Redação BNews*

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), informou na manhã desta sexta-feira (22) que a prefeitura pretende distribuir cerca de 3 milhões de preservativos no Carnaval. O anúncio foi feito durante o lançamento da campanha nacional do Ministério da Saúde para a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) na folia, no Hotel Monte Pascoal, na Barra. O evento contou com a presença do titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta.

Também presente, o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, disse que há um aumento dos casos de sífilis e HIV entre os jovens. "Precisamos alertar as pessoas, chamar atenção para gravidade da prevalência dessas doenças (sífilis, sífilis congênita, hepatite)", afirmou.

A ação do Ministério da Saúde vai aumentar a distribuição de kits rápidos de testes de HIV. De acordo com o órgão, 73% dos novos casos acontecem entre homens de 15 a 23 anos.

Segundo a prefeitura, serão instalados dois postos do "Fique Sabendo", um no Multicentro Carlos Gomes e outro no Farol da Barra. Além disso, os módulos de saúde distribuirão "pílulas do dia seguinte" e estarão preparados para acolhimento inicial de vítimas de violência sexual.

Em entrevista coletiva, Mandetta foi questionado sobre uma polêmica declaração dada no final de dezembro ao jornal Folha de S.Paulo. Segundo o ministro, a política de prevenção do HIV não poderia "ofender as famílias".

"Respeitar as famílias como a gente fala é respeitar todo mundo, levar uma mensagem extremamente horizontal. Essa mensagem tem que chegar no Brasil profundo e também em São Paulo. Família que falo é a família brasileira, nosso povo, nossa cultura. Se você perguntar de uma maneira geral para a população se sabe o que é HIV, ela fala que sim. Se perguntar o que tem que fazer, o jovem diz que é usar o preservativo. Agora entre toda essa informação e o ato de usar, estamos errando. Tem um 'gap'", disse.

*Com informações do repórter Bruno Luiz.