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Especialistas opinam sobre mudanças no Carnaval de Salvador

Imagem Especialistas opinam sobre mudanças no Carnaval de Salvador
Entre as mudanças, a decadência dos modelos de blocos e o aumento de trios sem cordas, aqueles bancados pela prefeitura e governo  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 22/01/2018, às 15h25   Rafael Albuquerque


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O BNews segue levando ao ar mais uma matéria da série de reportagens sobre o Carnaval de Salvador. Depois de mostrar que a criançada tem lugar garantido na folia, vamos levar ao leitor as diversas opiniões acerca das mudanças que vêm acontecendo no Carnaval de Salvador. Entre as mudanças, a decadência dos modelos de blocos e o aumento de trios sem cordas, aqueles bancados pela prefeitura e governo.

O cantor Ricardo Chaves, um dos precursores do movimento axé music, afirmou que o atual modelo está desgastado "por vários motivos": "Não tem um motivo só, a gente não pode criar um vilão. Mas se criou um vilão em um determinado momento que foi a corda. Muita gente concordou com isso e a corda saiu. O que foi que veio depois da corda? Faltou financiamento". 

Ele salientou que os camarotes também estão tendo que se reinventar para sobreviver à crise das ruas: "os camarotes estão em crise também, estão buscando um novo modelo. Por que que eles estão buscando outro modelo? Porque todos dependiam da rua. Camarote sem rua vai existir, mas vai existir outro modelo. Na hora que se perde a rua, perde o sentido do Carnaval".

Com experiência de cobertura de mais de 50 Carnavais, o radialista Cristóvão Rodrigues afirmou que as mudanças no Carnaval são naturais: "o que está acontecendo não é nada diferente do que os ciclos pelos quais o Carnaval da Bahia passa... O empresário que tiver visão vai ter que estar atento para as novas tendências, para o que o povo quer no Carnaval".

O secretário de Turismo de Salvador, Cláudio Tinoco, afirmou que o ideal é que a inciativa privada pudesse prover bancar as atrações: "a fórmula ideal é que a iniciativa privada pudesse oferecer o conteúdo, e que o poder público ficasse responsável pela infraestrutura e pelos serviços, que não são poucos".

O presidente da Saltur, Isaac Edington, rebateu a informação de que empresários do Carnaval estariam criticando a iniciativa da prefeitura de bancar as atrações sem cordas e de monopolizar os patrocínios na folia, fazendo com que outras marcas concorrentes desistam de apostar no evento: "nem eu, nem o prefeito ACM Neto recebemos até agora nenhuma crítica... Sentamos com os empresários e com o Conselho do Carnaval e definimos que onde tem menos blocos vamos entra com grandes atrações, e muitas delas fazem parte do line up dos próprios empresários.

Veja a matéria completa: 

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