Brasil

Odebrecht entrega Vila Olímpica inacabada em cima da hora, diz site

Publicado em 26/07/2016, às 07h54   Redação Bocão News



O Consórcio Ilha Pura, formado pela Odebrecht Imobiliária e pela Carvalho Hosken, entregou as instalações hidráulicas e elétricas da Vila Olímpica de atletas apenas há um mês, de acordo com informações do Uol. 
Segundo a reportagem, os testes mostraram que houve falhas principalmente nestes pontos que causaram a maioria das reclamações das delegações. A Odebrecht é a mesma construtora que entregou o estádio de abertura da Copa, Arena Corinthians, inacabado para o primeiro jogo.
O site revela que entre os problemas relatados pelos atletas, estão problemas hidráulicos (vazamentos), instalações elétricas aparentes, falta de iluminação e cheiro de gás.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) admitiu os problemas em todos os prédios. O comitê organizador do Rio diz que agora 12 deles já estão com problemas resolvidos, e outros 19 ainda estão para ser completos.
A Vila foi entregue ao comitê organizador do Rio-2016 em maio. As instalações elétricas só foram concluídas há um mês. Segundo o comitê organizador, esses itens foram testados recentemente porque havia outras prioridades como construção de um restaurante com tendas. Por isso, as falhas na obra só foram identificadas a poucos dias dos Jogos e no momento em que os atletas chegavam.
O investimento das construtoras foi de R$ 2,3 bilhões por meio de financiamento da Caixa Federal. A Carvalho Hosken e a Odebrecht também participam do consórcio Riomais que construiu o Parque Olímpico. A primeira empresa é doadora de campanha do prefeito Eduardo Paes. Ele ainda aparece em uma lista de políticos supostamente beneficiados pela Odebrecht - apreensão feita na operação Lava-Jato.
Em relação aos dois eventos, há uma diferença: a Vila Olímpica começou a ser construída em 2012, isto é, quatro anos antes dos Jogos. E a informação da prefeitura sempre foi de que sempre estava no prazo. A Arena Corinthians começou tarde porque foi escolhida como abertura após a retirada do Morumbi.
O comitê Rio-2016 não quis falar sobre a possibilidade de cobrança de multas ou indenizações para construtoras pelas falhas. Disse que não é o momento de discutir esses pontos.

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