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Após discussão com Gilmar, Barroso diz que se exaltou, mas não "passou da linha"

Agência Brasil
A discussão ocorreu durante julgamento de um caso relativo a tribunais de contas do Ceará  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 27/10/2017, às 09h15   Redação BNews


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, fez agora há pouco sua primeira declaração pública sobre o bate-boca ocorrido na quinta-feira (26), com o também ministro Gilmar Mendes. Reconheceu que se exaltou, mas não considerou que "tenha passado da linha", de acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Global.

A declaração foi quando Barroso dava aula para os alunos do primeiro período da Faculdade de Direito da UERJ. “Vocês ainda vão ter filhos. Eles nunca nos escutam. Então, sigam meus bons exemplos, mas não os maus. A exaltação não é a melhor forma de se expressar. (todos os alunos riram). Às vezes a gente levanta o tom da voz, mas essa não é a melhor forma de viver a vida. Mesmo que às vezes seja necessário, às vezes podemos passar da linha. Não que eu tenha passado. Mas quase”, disse.

Barroso acusou seu colega de tribunal de ter “parceria com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”. “Não transfira para mim esta parceria que Vossa Excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”, disse Barroso a Gilmar, durante sessão do plenário. Antes desta frase, Gilmar havia dito que Barroso soltou o petista José Dirceu.

Em outubro de 2016, Barroso declarou extinta a pena dada ao petista por envolvimento no esquema de compra de votos no Congresso Nacional revelado em 2005. No entanto, Dirceu continuou preso, para cumprir pena na Lava Jato. Barroso rebateu afirmando que quem soltou Dirceu foi o STF, não ele.

A discussão ocorreu durante julgamento de um caso relativo a tribunais de contas do Ceará, quando então Gilmar criticou as contas do Rio. “Não sei para que hoje o Rio de Janeiro é modelo. Mas à época se dizia 'devemos seguir o modelo do Rio'. Sou relator de processo contra depósitos judiciais e mandei sustar as transferências ao Rio”, disse. "Deve achar que é Mato Grosso, interrompeu Barroso. O ministro afirmou que Gilmar “não trabalha com a verdade" e "destila ódio, não julga”.

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