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Indenização a vítima de guerrilheiros na ditadura é reapreciada pela Justiça

Folhapress
Orlando Lovecchio Filho teve a perna amputada após explosão de bomba  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 08/03/2018, às 07h33   Redação BNews



O caso emblemático de uma vítima de atentados guerrilheiros na época da ditadura militar pode ter uma reviravolta na Justiça, de acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo. Orlando Lovecchio Filho, 72 anos, pede uma indenização equivalente às que foram pagas a militantes das organizações armadas que foram anistiados. Mas só acumulava derrotas até agora.

Segundo a publicação, o caso está sendo reapreciado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), que já tinha negado o pleito mas hoje analisa embargos apresentados por Lovecchio. Um dos juízes votou contra ele. O desembargador Fábio Prieto pediu vista. E pode mudar o entendimento.

Ainda de acordo com o jornal, Lovecchio era um cidadão “apolítico, que curtia iê-iê-iê, carros e aviões”, como se definiu numa entrevista à Folha. Em março de 1968, estacionava seu carro no Conjunto Nacional, na av. Paulista, em SP, quando uma bomba colocada no local pela ALN (Aliança Libertadora Nacional) explodiu. Ele teve a perna amputada, interrompendo o sonho de ser piloto.

A coluna revela que Lovecchio recebe hoje pensão vitalícia de R$ 571 e não conseguiu indenização na Comissão de Anistia. Há casos de ex-militantes de organizações armadas que receberam indenizações de R$ 400 mil e pensão vitalícia mais alta que a dele.

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