Brasil
Publicado em 24/02/2021, às 15h50 Redação BNews
Os empresários Carlos Wizard, que chegou a ser ventilado em uma secretaria no Ministério da Saúde, e Luciano Havan, dono da rede lojas Havan, articulam junto a um grupo com cerca de 100 empresários, a compra de vacinas para Covid-19 pela iniciativa privada.
O objetivo seria que empresas pudessem comprar e distribuir os imunizantes aprovados pela Anvisa.
"Vamos tratar com o secretário sobre fornecedores e quantidades. A ideia é gerar solução. Enquanto o ministério da Saúde prioriza os grupos selecionados, o resto da população pode ficar refém dessa condição. A sociedade civil organizada pode ser um parceiro do ministério no sentido de fomentar e propagar as vacinas", declarou Wizard.
A iniciativa, contudo, não agrade a maioria dos profissionais de saúde, que veem o risco do setor privado não respeitar a ordem de prioridades do plano de vacinação.
Diretor do hospital Sírio-Libanês, Paulo Chapchap explica que esse método só é válido caso as empresas doem "100%" das vacinas ao SUS. As informações são da colunista Bela Megale, do O Globo.
"Se a iniciativa privada quiser comprar e doar vacinas para o governo, melhor ainda, aumenta nosso pool de vacinas, mas tem que doar 100% para governo, nenhuma a menos do que 100%. Porque, senão, elas vão sair da escala de prioridade que visa salvar vidas e diminuir o contágio. Na hora que as empresas vacinarem seus funcionários, entre eles estarão pessoas que não estão na escala de prioridades, naquele momento. E como é um bem escasso, essa pessoa está tirando a vacina de quem é prioridade", argumentou.
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