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Solto após seis meses, dono do maior esquema de pirâmide do Brasil diz que se arrepende: ‘Fui inconsequente’

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Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 06/06/2021, às 14h06   Redação Bnews


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O engenheiro da computação Jonas Jaimovick, responsável pelo maior esquema de pirâmide da história do Brasil, afirmou estar arrependido de ter aplicado o golpe em mais de três mil clientes, espalhados por cinco estados do país, que provocou um rombo de R$ 170 milhões. 

Jaimovick, fundador da JJ Invest, ficou mais de um ano e meio foragido antes de se entregar à polícia em novembro de 2020. Ele foi condenado a três anos de reclusão, mas teve a pena convertida em medidas alternativas e foi solto do Complexo Penitenciário de Bangu há duas semanas, após seis meses preso. 

“Fui impulsivo, imprudente e inconsequente. Eu me arrependo”, disse o empresário, em entrevista à Veja. 

Apesar da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitir um comunicado informando que a JJ Invest não estava credenciada junto ao órgão e não possuía licença para operar na bolsa de valores, Jaimovick conseguiu camuflar o alerta e seguiu fazendo sua empresa crescer. 

Ele contou que emitia informes de rendimentos falsos sobre as contas de seus clientes, com lucros que iam de 7% a 12%, mas, na realidade, eram por vezes de 4% negativos. “O esquema era baseado em informes fictícios que eu enviava diariamente a meus clientes via WhatsApp”, revelou. 

A empresa se vinculou a nomes importantes, como os ex-jogadores Neymar, que vestiu a camisa da JJ Invest durante um evento beneficente, e Zico, cuja escolinha de futebol recebeu patrocínio da companhia fraudulenta.

Júnior, outro ex-atleta do futebol, e a atriz do Zorra Total Cristiana Pompeo estavam entre seus clientes e perderam todo o dinheiro investido. O ex-jogador chegou a colocar nas mãos de Jaimovick R$ 1,5 milhão.  

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