Cidades

Técnico de informática assassinado na Ribeira recebe última homenagem

Publicado em 19/07/2015, às 11h19   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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As fotos acima revelam mais a dor dos amigos e familiares do que qualquer palavra. Os lenços enxugaram as lágrimas de quem viveu com a vítima, mas não tiram a dor que nem o próprio tempo vai curar, apenas adormecer. As camisas com a foto do técnico de informático, Fábio Luiz dos Santos Carmo, de 33 anos, morto a tiros no bairro da Ribeira, em Salvador, ficaram como registro de um dia triste.

Na manhã deste domingo (19), amigos e familiares enterram o corpo do técnico de informático, mais uma vítima da criminalidade desta cidade, no cemitério do Campo Santo, na Federação. “Foi um choque. A gente não consegue acreditar. Era uma pessoa querida e, sempre, alegre”, contou a coordenadora administrativa Leila Rangel, que era vizinha da vítima. O “Dudinha”, como os amigos o chamavam carinhosamente, foi morto com três tiros na madrugada do último sábado (18). Segundo a polícia, o crime aconteceu após uma briga dentro do Caravelas Pizza Bar, na Ribeira, bairro onde a vítima nasceu e cresceu.

Fábio Luiz teria discutido com o autor do crime, ainda não identificado, depois de ter sido molhado com champanhe. “Não há motivos para matar. Mas, se existe, esse não era”, afirmou a dona de casa, Miriam de Oliveira, que também era vizinha da vítima. “Dudinha” era torcedor do Vitória. Horas antes de morrer, acompanhou a derrota do Bahia contra o Criciúma. Contam os amigos, que ele estava feliz, o seu time do coração havia ganhado um dia antes. “Ele pediu a minha irmã a bandeira do Vitória para comemorar a derrota do Bahia”, lembrou o auxiliar de caldeiraria, Edson Correia, de 38 anos.

A última homenagem dos amigos e familiares foi pôr uma bandeira rubro-negra em cima do caixão. “Era uma pessoa muito tranquila. A favor da paz. Quem matou não destruiu apenas uma vida. Destruiu a de uma família inteira”, disse o eletrotécnico Danilo dos Santos, de 32 anos.

As informações sobre o autor do crime ainda são desencontradas. De acordo com amigos, o suspeito era do Subúrbio e morava há menos de um mês na Ribeira. No sepultamento, os amigos e familiares, inconformados, pediram justiça para o caso e o fim da criminalidade no país. “Dudinha” deixa duas irmãs, Luciana e Fernanda, o irmão Eduardo e a mãe Fátima Carmo. Deixa, também, um país em que a criminalidade ainda impera.

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