Cidades

Querem fazer o que fizeram com a EBDA, afirma associação de funcionários da Ebal

Publicado em 21/10/2015, às 12h32   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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Preocupados com a venda da Cesta do Povo, funcionários da Empresa Baiana de Alimentos S.A. (Ebal) participaram na manhã de terça-feira (20) de uma audiência pública realizada na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), em que o governo apresentou a minuta do edital para a negociação da companhia. Segundo a argumentação do Estado, a competição com outras redes de compras tornou a Cesta do Povo inviável economicamente diante de outras prioridades.

“A empresa requer uma série de investimentos para fazer frente à iniciativa privada e o governo tem dificuldade de fazer os investimentos. Hoje em dia não faz sentido ao governo ter uma rede de mercados. No passado, tinha um grande monopólio de mercados na Bahia. Agora existe prioridade de investimento em outras áreas, como saúde e educação”, justificou o presidente da Ebal, Eduardo Sampaio, conforme o G1.

De acordo com o presidente da Associação dos Funcionários da Ebal, Francis Tavares, o temor é que 2.800 servidores sejam demitidos, além dos prestadores indiretos que também seriam prejudicados, o que, segundo ele, representa um montante superior a 5 mil postos de trabalho. "Querem fazer o que fizeram na EBDA, quando cerca de mil funcionários foram prejudicados. Existem servidores prestes a se aposentar e o governo não está nem aí", disse ao Bocão News.

Ele ainda apontou ao site que a venda seria motivada pelo interesse de um grupo espanhol em comprar a rede detentora de 276 lojas no Estado, com o objetivo de concorrer com a americana Wall Mart. "Querem vender a marca da Cesta do Povo", afirma.

Ainda segundo ele, a justificativa de prejuízos trazidos pela Cesta do Povo é enganosa. "A Ebal pode sim ser autossustentável. Fechamos 2012 com R$ 600 milhões de faturamento, o que representa o segundo maior faturamento do Estado, de acordo com a Associação Brasileira de Supermercados", frisa. 

A participação da categoria na audiência foi marcada por tumulto, já que, segundo eles admitiram ao site, tiveram de invadir a sala por serem impedidos em primeiro momento. Como saldo da mobilização na SDE, a categoria foi orientada a formar uma comissão e apresentar sugestões de reinvindicação no próximo dia 6 de novembro. Cerca de 200 pessoas participaram do ato.

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