Cidades
Publicado em 08/11/2015, às 17h39 Leo Barsan (Twitter @leobarsan)
Quase dois meses após assumir a prefeitura de Cruz das Almas, Recôncavo baiano, e já de olho nas próximas eleições, o prefeito Ednaldo Ribeiro (PMDB), resolveu adotar a política de redução de salários do funcionalismo municipal, a começar pelo dele. A medida atinge os subsídios do vice-prefeito, de secretários e de cargos comissionados. O decreto deve ser publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (9).
Na sexta-feira (6), o gestor – que ficou com a cadeira do Executivo local, depois que o ex-prefeito Raimundo Cavalcanti renunciou, em setembro –, anunciou uma redução vertical de subsídios em 20%, sob a justificativa de crise econômica e, ainda, para evitar problemas com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Até o dia 27 de outubro, a Corte havia analisado 71 contas de prefeituras e rejeitado 24 contas, referentes ao exercício 2014. A reportagem procurou o prefeito, na tarde deste domingo (8), mas ele pediu que retornasse o contato nesta segunda-feira porque estaria acompanhado de amigos.
Reforma administrativa
O vereador André Eloy (PRB), disse ao Bocão News que, apesar de ver “com bons olhos”, a medida adotada pelo prefeito, o ideal seria uma reforma administrativa que passasse pelo crivo da Câmara Municipal de Cruz das Almas. “Temos um número elevado de secretarias. Contando com a Procuradoria, que ganha esse status, chega a 12. Era mais prudente uma reforma administrativa para redução de cargos do que de salários”, enfatizou.
Segundo o vereador, a folha de pagamento da cidade é um problema “crônico” deixado pelo ex-prefeito. “O número de concursados é muito alto e chega a 50%. A cidade está ingovernável sob este ponto de vista. Qualquer prefeito que assuma, vai ter problemas com despesas de pessoal, esbarrando no TCM”, evidenciou o republicano, cuja pré-candidatura já está selada para a eleição em 2016.
Eloy considerou, ainda, que os cortes a serem realizados por Ribeiro atingem áreas prioritárias. “Quem trabalha na Educação e na Saúde, por exemplo, vai ser penalizado da mesma forma que funcionários de outras áreas. Há queda de arrecadação e não há bom senso por parte do gestor. O prefeito não disse, ainda, qual o número de economicidade que ele fará com essa medida. A bem da verdade, essa coisa de corte de salários tem mais simbolismo que efeito prático. Se for uma ação para driblar o TCM, se torna completamente fora de propósito”, avaliou o vereador.
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