Cidades

GGB ajuda casal gay a voltar para casa em Caruaru

Publicado em 22/06/2016, às 07h12   Redação Bocão News


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O sonho de tentar a sorte em Salvador não deu certo para o casal Eronildo Félix da Silva e Fábio Barbosa da Silva. Eles migraram há um mês da zona rural de Caruaru, em Pernambuco, em busca de trabalho e melhores condições de vida na capital baiana. Foram morar em um quarto de aluguel, no bairro de Pernambués. Juntos há cerca de cinco anos, eles se conheceram moendo cana de açúcar em uma usina açucareira. 
A decisão de vir para Salvador foi resultado direto da estiagem e dos prejuízos na colheita da cana de açúcar. “A gente trabalha seis meses, seis meses ficamos parados”, explicou Fábio, que recebia R$ 100 por mês. Com pouca educação formal, o casal buscava emprego na construção civil ou mesmo de serviços gerais em empresas de Salvador. 
O desespero bateu à porta de Eronildo e Fábio, que procuraram a produção do Balanço Geral, comandado pelo apresentador Zé Eduardo, na Record Bahia. Na oportunidade, o casal pediu emprego ou passagens para que pudessem retornar a sua cidade de origem. 
O Grupo Gay da Bahia (GGB) teve acesso ao apelo e imediatamente o presidente da entidade, Marcelo Cerqueira, organizou uma “força-tarefa” para atender ao pedido do apresentador e resolver a situação dos pernambucanos.  
Uma equipe do Se Liga Bocão conduziu o casal dos estúdios de televisão até a sede do GGB, no Centro Histórico, onde foram atendidos por Cristiano Santos, vice-presidente da entidade. Acompanhado do Voluntário Vagner Pereira, membro do Comitê LGBT do Centro de Referência Municipal, ele foi até o quarto em Pernambués, onde eles puderam recolher os seus poucos pertences e de lá seguiram até o terminal Rodoviário de Salvador, embarcando de volta a Caruaru por volta das 17h30.De acordo com o GGB, esse tipo de situação é muito comum e este caso foi especial pela coragem dos dois se exporem dessa maneira, guiados pelo desespero. “É preciso ter compaixão desses dramas humanos. O GGB é pra essas coisas, não fazemos mais porque não temos recursos”, disse Marcelo Cerqueira, informando ainda que muitos jovens fogem de suas casas com destino a Salvador devido aos ícones da música baiana. “Quando o Grupo É o Tchan estava no auge sempre apareciam jovens LGBTs que vinham tentar ver os artistas e acabavam ficando na rua sem dinheiro, recorrendo a entidade”. 

Classificação Indicativa: Livre

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