Cidades

Presidente do GGB comenta morte de estudante no Rio Vermelho

Publicado em 12/07/2016, às 09h20   Brenda Ferreira


FacebookTwitterWhatsApp

A morte do estudante Leonardo Moura, de 29 anos, que foi espancado na madrugada deste domingo (10), no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, foi caso de grande repercussão na imprensa baiana. 

Conforme noticiado pelo Bocão News, a irmã da vítima, Caroline Moura, disse que o jovem tinha saído da boate San Sebastian, por volta das 5h30, quando caminhava sozinho pela região da praia da Paciência, local da agressão. 

Leonardo ainda chegou a ser socorrido por uma equipe do Samu e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas como perdeu um dos rins, precisou passar por uma cirurgia e acabou sofrendo uma complicação na manhã desta segunda-feira (11), após isso, o estudante não resistiu e morreu. A família acredita que tenha sido um crime homofóbico. 

Casos como o de Leonardo Moura tem se tornado frequentes na Bahia desde o ano passado. De acordo com um relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB) sobre assassinato de homossexuais, 33 foi o número total de vítimas que sofreram atentados homofóbicos. Segundo o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, após a morte do estudante, até esse mês de julho, já chega a 20 o número de gays que foram mortos por causa do preconceito. 

Marcelo Cerqueira conversou com o Bocão News e reforçou que acima de tudo é necessário que a comunidade LGBT melhore as relações interpessoais. "Existe uma falta de solidariedade das pessoas no sentido da proteção. Os gays precisam desenvolver uma solidariedade mecânica e se comunicar melhor entre eles", comentou ao exemplificar o caso de Leonardo. "Ele estava sozinho. Se houvesse essa relação, outras pessoas poderiam estar de olho e evitariam que isso acontecesse", finalizou. 

Publicada no dia 11 de julho de 2016, às 18h05

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp