Vitória da Conquista, distante 519 quilômetros de Salvador, é abastecido pela barragem de Água Fria II e é um dos municípios baianos que está em situação crítica, segundo o levantamento do volume útil de água de reservatórios públicos da Bahia, divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).
De acordo com os dados da edição do último 27 de setembro, das 16 principais barragens localizadas na Bahia, acompanhadas pela Secretaria Estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (Sihs), quatro estão em situação crítica - Água Fria II é uma delas. Outras quatro, em alerta, e as oito restantes, em situação normal.
Daqueles em estado crítico, três são estaduais, operados pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) - Água Fria II, Joanes I e II - e Sobradinho, que é federal e operado pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Sobradinho pode sofrer uma possível redução da água e com o volume morto sendo alcançado até o final deste ano. Está prevista uma redução da vazão de 800 m³/s para 700 m³/s.
Segundo o diretor de revitalização de bacias hidrográficas da Sihs, José Olímpio de Morais a classificação da situação como crítica é definida pelo volume útil de água existente e pelos usos a que a barragem se destina.
Dos quatro barramentos em alerta, segundo avaliação da Sihs, dois são estaduais (Apertado e Pedra do Cavalo) e operados pela Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento (Cerb). As outras duas são federais: Luiz Vieira e Mirorós.
Sobre a situação de Salvador, a Embasa informou que o sistema da capital recebe água de diferentes barragens e que a diminuição em um reservatório pode ser compensada pela "abundância" em outros.
Já na barragem de Apertado, a preocupação é que, se a água se reduzir, afetará em torno de seis mil empregos diretos ligados à produção agrícola, além do abastecimento de Mucugê. A previsão é que volte a chover em novembro na região.
Fonte: jornal A Tarde
