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Fundação 2 de Julho afirma que dívida trabalhista será paga após leilão

Publicado em 26/04/2017, às 13h04   Adelia Felix


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Mais de 150 ex-trabalhadores do Colégio 2 de Julho e da Faculdade 2 de Julho, localizados no bairro do Garcia, em Salvador, afirmam que aguardam há anos pelo pagamento de seus direitos trabalhistas. 
Revoltados com a situação, os ex-funcionários das instituições criaram um perfil no Facebook denunciando o fato. “Mais de uma centena de ex-funcionários do Colégio e da Faculdade 2 de Julho estão desempregados, bastante endividados, com nome negativado no mercado e sem poder se aposentar porque as instituições não recolheram o INSS, não depositaram o FGTS e nem repassaram o valor que deveria ser retido na fonte pelo imposto de renda, colocando-os na malha fina”, diz trecho de publicação feita na rede social.
Outro ex-colaborador da instituição chegou a afirmar que “o pior de tudo isso é que a Justiça acena com a extinção dos processos, enquanto a Fundação 2 de Julho segue omissa e funcionando normalmente”.
Em entrevista ao Bocão News, nesta quarta-feira (26), o diretor geral da Fundação 2 de Julho, Marcos Baruch, esclarece que a instituição tem dialogado com os ex-colaboradores. 
“São funcionários da gestão anterior, mas quando assumi tinha consciência do problema. Essa posição que não foi dado nenhum retorno não é verdadeira. Temos nos encontrado na Justiça do Trabalho, inclusive em assembleias. No ano de 2015, fizemos um parcelamento dessa dívida. Pagamos um valor mensal de R$ 50 mil e chegamos a pagar R$ 450 mil. Na época, a dívida era algo em torno de R$ 600 mil, e vinha sendo paga. Fizemos um acordo que foi interrompido pelos próprios credores. Embora eu seja o diretor da fundação, eu tenho lá atrás alguma coisa também para ser resolvida porque fui professor. A fundação tem total interesse em resolver isso”, detalha.
Segundo o diretor, os trabalhadores pediram uma maior agilidade nos pagamentos, e indicaram uma área da instituição para leilão. “A fundação nunca se eximiu dos seus problemas. Fizemos leilão, mas não foi obtido sucesso. Depois, solicitaram que indicassem outra área para venda, mais atrativa. De pronto indicamos e foi penhorada essa área. Assim que essa área for comprada, todos serão pagos. Mas antes desse processo aconteceram várias negociações com o Tribunal Regional do Trabalho. A juíza Ana Paolo acompanhou a situação em 2015 e 2016”, garante.
Baruch reforça que as dívidas trabalhistas só serão pagas após o leilão da nova área. “A gente só consegue resolver se vender parte do patrimônio. O que foi dado como garantia para penhora é mais do que suficiente para honrar o passivo trabalhista. O valor da área que foi dada em garantia ultrapassa em muito o valor da dívida. Nós desejamos que a área vá a leilão para que o problema seja resolvido”, argumenta. 
A data para leilão da nova área ainda não foi definida, pois, segundo Baruch, é aguardado um posicionamento da Central de Execução da Justiça do Trabalho. “A gente segue na espera da Justiça do Trabalho, mas a área para leilão já está à disposição”, finaliza.
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