Cidades

AFATOM-BA critica redução de profissionais no Juliano Moreira

Publicado em 19/07/2017, às 12h37   Redação BNews


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Nesta quarta-feira (19), a Associação de Apoio a Familiares, Amigos e Pessoas Portadoras de Transtornos Mentais (AFATOM-BA) se reuniu com familiares de pacientes internados no Hospital Juliano Moreira, na Avenida Edgard Santos, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador.
Na oportunidade, foram discutidas soluções que impeçam o fechamento dos hospitais psiquiátricos especializados e ambulatórios. Na reunião, também foi debatido a implantação de uma rede que atenda todas as necessidades dos usuários e forneça a entrega de medicamentos.
Ao BNews, a presidente da AFATOM-BA, Rejane de Oliveira, disse que o número de psicólogos, enfermeiros, e equipe multidisciplinar teve uma redução drástica, além disso, houve também a suspensão da matrícula para novos pacientes e familiares no ambulatórios.
“Houve diminuição de toda equipe interna do Juliano Moreira. Está existindo um desmantelamento da saúde nos hospitais psiquiátricos, para depois o governo fechar esses hospitais psiquiátricos. Tem familiares que estão chegando no Juliano Moreira e estão retornando para casa sem medicamos, porque não estão sendo feitas matrículas”, disse Rejane de Oliveira.
A presidente da AFATOM-BA ainda alerta: “os pacientes ficarão sem atendimentos nos ambulatórios, nos hospitais psiquiátricos especializados, e também no Hospital Dias. Os pacientes serão atendidos nos hospitais gerais. Em Salvador, só temos dois no Roberto Santos, mas segundo o Ministério da Saúde deveríamos ter 695 leitos para contemplar toda Bahia, que vem tendo uma desassistência muito grande devido ao fechamento de hospitais psiquiátricos”.
Ao site, Rejane defendeu que o governo “pare a implantação” da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), agora de responsabilidade do município. “É ilegal diante da lei 10216/2001, pois ela não determina o fechamento desses pontos de atendimento psiquiátrico. No Juliano Moreira há 78 leitos para internação de homens e mulheres com quadros agudos. Muitos pacientes são colocados no sistema de regulação e não encontram vaga”, explica.

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