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Salvador e interior recebem ações de combate a sífilis congênita

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Até 2021, a previsão é aumentar a cobertura da testagem durante o pré-natal em 80%  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 24/09/2017, às 07h17   Redação BNews


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Neste sábado (23), Dia Estadual de Combate à Sífilis Congênita,  maternidades de Salvador e do interior do estado realizaram atividades educativas,  ações de prevenção e mobilização da comunidade e testagem para o diagnóstico da sífilis. 

O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, acompanhou as atividades na manhã deste sábado na maternidade Albert Sabin, em Salvador, e no Hospital Geral Menandro de Faria, em Lauro de Freitas. 

De acordo com o secretário, há uma falha grave na atenção básica no município de Salvador, que responde por mais de metade de todos os casos de sifilis da Bahia. "Mesmo que a gestante seja diagnosticada de modo precoce, ela tem sido reinfectada, pois o parceiro não realizou o tratamento, o que demonstra a falta de acompanhamento", afirma o titular da pasta da Saúde. "Vi situações preocupantes. Uma adolescente de 14 anos chegou a fazer sete consultas pré-natais, foi tratada e o filho nasceu com sífilis", ressalta o secretário.

Em sua avaliação, os municípios devem desenvolver ações efetivas para a administração da penicilina nas unidades da atenção básica; implementar ações de vigilância epidemiológica da sífilis, com destaque para sífilis em gestantes e da sífilis congênita, no município, em todos os níveis de atenção; notificar todos os casos de sífilis (adquirida, gestante e congênita); implantar a busca ativa de sífilis congênita em menores de dois anos, em hospitais, maternidades, dentre outros

Entre as consequências da sífilis para o feto, destacam-se o abortamento, parto pré-termo, manifestações clínicas e/ou morte do recém-nascido. Entre 2012 e 2017, a Bahia registrou mais de 5,5 mil novos casos de sífilis congênita. “A nossa meta é reduzir em 20% o número de novos casos até o fim de 2018, e eliminar todos os casos até 2021”, afirma Vilas-Boas.

Até 2021, a previsão é aumentar a cobertura da testagem durante o pré-natal em 80%. Já referente ao tratamento, para este mesmo período, a estimativa é ampliar a cobertura das ações de profilaxia de transmissão vertical da sífilis em gestantes e em crianças expostas, com a oferta de 80% de tratamento adequado de recém-nascidos com sífilis congênita.

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