Operação Carro Fantasma: Justiça concede liberdade a ex-prefeito, presidente da Câmara de Remanso

A Justiça determinou, nesta terça-feira (19), a liberdade provisória dos presos durante a Operação Carro Fantasma deflagrada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e que contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no dia 21 de novembro deste ano, nas cidade baianas de Araci e Remanso, e também em Petrolina (PE) e Raimundo Nonato (PI). As buscas acontecerem em município que concentravam a maioria dos alvos e onde se desenvolveu o esquema criminoso.

Segundo a decisão de juízes da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa, localizada em Salvador, devem ficar em liberdade e cumprir medidas cautelares o ex-prefeito de Remanso, Celso Silva e Souza, o presidente da Câmara de Vereadores do mesmo município, Cândido Francelino de Almeida, e o empresário José Mário da Conceição. Outros presos durante a ação também foram beneficiados pela decisão: Arismar Silva e Souza, José Ailton Rodrigues da Silva, Renata Lemos Rosal do Valle, Mailto de Franca Brito, Domingo Sávio Ferreira De Castro, Jorge Brito Alves, Erasmo Paulo Fernandes Ribeiro, Ulisses de Araujo Costa Assis e Felipe Santos Costa.

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De acordo com o MP-BA, o grupo agiu na prefeitura de Remanso entre 2013 e 2016, com um esquema de fraudes em licitações que desviou R$ 13 milhões dos cofres públicos. A operação aponta que os desvios foram feitos por intermédio da empresa JMC Construtora, Comércio e Serviços Ltda, que tem como sócio-administrador o empresário José Mário. Por meio da empresa, o grupo alugava carros de maneira fraudulenta para as secretarias do município. Em algumas ocasiões, os veículos sequer existiam, daí o nome da Operação Carro Fantasma. Com o dinheiro, o grupo custeava campanhas políticas, compra de votos, etc. 

Durante o cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão, os policiais encontraram quatro armas de fogo, sendo uma espingarda calibre 12, uma pistola .22, uma pistola .380 e um revólver .38. Todas elas estavam em poder de pessoas que não possuem o porte, razão pela qual foram presas em flagrante. Também foram apreendidos documentos, computadores e valores relacionados com o esquema.