Na Bahia, 168 servidores federais perderam os cargos nos últimos 15 anos

Em 15 anos, 5.121 funcionários públicos federais foram demitidos ou destituídos dos cargos em todo o Brasil, de acordo com dados extraídos do Portal da Transparência. Apenas na Bahia, estado que ocupa a décima posição no ranking nacional, foram 168 exclusões de profissionais concursados. As razões vão desde o servidor aproveitar-se do cargo para benefícios pessoais ao cometimento de crimes, como o receber propinas e outras vantagens.

A quantidade de dispensas tem causado problemas, principalmente, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que já perdeu 1.135 servidores efetivos no período. Em abril, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou à presidência do órgão e ao Ministério da Economia que fosse autorizado concurso ainda neste ano.

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No entanto, até o momento, nada foi definido, o que levou o MPF a ajuizar uma Ação Civil Pública com pedido de contratação de novos servidores. De acordo com a Procuradoria Federal do Distrito Federal, uma audiência de mediação para discutir o caso está marcada para o dia 2 de outubro.

Na Bahia, a situação com o INSS não é diferente. Em 15 anos, o órgão perdeu 48 funcionários, o que representa 3 perdas a cada ano no período. Logo atrás no ranking vem a Universidade Federal da Bahia (UFBA), com 16 demissões, a maioria em razão de abandono do cargo.

No estado, a Receita Federal ficou com 14 funcionários a menos, seguida do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), que teve 13 demissões. Outros órgãos federais que perderam servidores na Bahia foram os ministérios da Economia e Agricultura, a Polícia Rodoviária Federal, o Ibama e a Universidade Federal do Oeste da Bahia.

O Rio de Janeiro foi o estado com maior número de dispensas, com 928, o que significa mais de um funcionário afastado por mês entre 2003 a 2019. Só neste ano, nos seis primeiros meses, foram 40 demissões. Em seguida aparecem Distrito Federal (650), São Paulo (611), Paraná (237) e Minas Gerais (228).

Já na outra ponta, o Acre aparece com o menor número de expulsões, com 25, seguido de Sergipe (37), Piauí (48), Tocantins (53) e Rio Grande do Norte (61). No país, os principais motivos das demissões foram o fato de o servidor tirar proveito pessoal do cargo, abandonar a função, cometer crimes de peculato e improbidade administrativa.