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Petroleiros baianos têm recebido ligações com ameaças de demissão, diz coordenador do Sindpetro

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Paralisação já dura 12 dias; nesta quarta-feira (12), ministro Dias Tóffoli manteve liminar que estipula multa milionária à Petrobras  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Rede Brasil Atual

Publicado em 12/02/2020, às 14h22   Luiz Felipe Fernandez


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Coordenador do Sindicato de Petroleiros da Bahia (Sindpetro), Jairo Batista afirmou nesta quarta-feira (12) em conversa com o BNews, que funcionários da Petrobras que aderiram à paralisação nacional que chegou ao 12° dia, tem recebido ligações com ameaças de demissão, caso não retornem aos postos de trabalho.

Na Bahia, a greve já mobilizou petroleiros do Recôncavo baiano, com 80% de paralisação nos campos de petróleo, e também na cidade de São Sebastião do Passé e Candeiras. Na refinaria Landulpho Alves, instalada no município de São Francisco do Conde, a adesão à greve é de 70%. A Petrobras já admitiu que tem procurado contratar terceirizados para manter a produção de petróleo e combustíveis regular.

"Muitos gerentes tem mandado carta intimidatório, mandando o pessoal voltar a trabalhar, dizendo que vão contratar pessoas para substituí-los", relatou Jairo. Segundo ele, profissionais aposentados e afastados da área estariam recusando a contratação.

Jairo condenou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que manteve a liminar que determina 90% do contingente de petroleiros atuando nos postos de trabalho, com previsão de multa de R$ 2 milhões ao dia à Petrobras. 

"Em decisão monocrática, em meio à greve, Toffoli não só valida a multa como também manda executar imediatamente", ressalta.

O coordenador do Sindpetro diz que a categoria defende a suspensão das mais de 1 mil demissões, principalmente dos "companheiros concursados", além de cobrarem que a Petrobras cumpra o que foi determinado em acordo anterior.

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