Empresas do ramo de eventos reivindicam reabertura das atividades

Integrantes do Movimento Organizado de Profissionais de Eventos da Bahia (Mope-BA), organização que reúne empresas e profissionais autônomos da indústria do entretenimento no estado, estão reivindicando o retorno dos eventos de pequeno e médio porte, que tiveram a realização suspensa por conta da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com a empresária e integrante do conselho de política do Mope, Cissa Prazeres, o grupo protocolou um documento chamado Procedimentos Operacionais de Eventos Seguros (Poes) na Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur) citando as diretrizes e normas de segurança para o retorno das atividades.

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“Sabemos que grandes shows não irão voltar tão cedo, mas podemos realizar pequenos e médios eventos com toda segurança, dentro do que chamamos de novo normal. Temos todos os procedimentos que devem ser seguidos, desde a relação com o cliente até a montagem, buffet e desmontagem”, disse a empresária, em entrevista ao BNews.

O grupo também reivindica a abertura de licitações e contratos exclusivos para empresas baianas no pós-pandemia, além da isenção de alguns impostos, a exemplo da Taxa de Fiscalização do Funcionamento (TFF) durante o tempo em que as empresas estiveram fechadas.

“Temos 700 empresas cadastradas dos ramos de produção, shows, casamentos, entre outros eventos. Só em Salvador são 500 pessoas físicas informais, como garçons e seguranças. Na Bahia, o número de profissionais informais chega a 21 mil”, pontuou.

Procurada pelo BNews, a Secretaria do Turismo do Estado da Bahia (Setur) informou que está ciente da reivindicação do movimento e disse que tem mantido contato com os representantes através de reuniões virtuais, sendo a última ocorrida na segunda-feira (29), com a presença do secretário Fausto Franco. 

“No entanto, a secretaria esclarece que a retomada da economia é um plano de ação que será anunciado pelo Governo do Estado, com diretrizes para todos os setores da economia. Aliado a isso, existem os decretos municipais que terão que ser levados em consideração. Ou seja, a transversalidade tanto do setor turístico, tanto do setor de eventos, não permite uma abertura isolada”, explicou o órgão.

A Setur ressaltou ainda que, na quarta-feira (1º), foi anunciado um recurso no valor de R$32 milhões, pela Desenbahia, disponível aos empreendimentos que estejam devidamente registrados no Cadastur.