Cidades

Grávida passa 30 horas em trabalho de parto e bebê morre; família acusa hospital

Reprodução/Arquivo pessoal/Metrópoles
Mãe nem mesmo foi avisada sobre morte do bebê  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Arquivo pessoal/Metrópoles

Publicado em 23/04/2024, às 16h51   Cadastrado por Sanny Santana


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O último domingo (21) foi um momento de bastante sofrimento para Bruna dos Santos Martins, uma grávida que viu seu bebê morto após passar 30 horas em trabalho de parto. O caso aconteceu Hospital Regional de Samambaia (HRSam), em Brasília (DF). As informações são do site Metrópoles.

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A secretária de 31 anos começou a sentir contrações às 5h de sábado (20) e, às 8h, buscou o hospital. O parto, que aconteceu por cesárea, no entanto, só aconteceu às 17h51 de domingo.

Ao chegar no hospital na manhã de sábado, o médico aferiu os batimentos cardíacos do bebê, constatando que estavam normais. Porém, não havia dilatação. Bruna e o pai do bebê, Felipe Augusto Gomes dos Santos, de 32 anos, foram orientados a voltar para casa.

Depois do almoço, o casal voltou ao hospital. Após nova avaliação, os médicos disseram que estava tudo bem, mas só havia 1 centímetro de dilatação. Novamente receberam orientação para retornar para casa.

Monitorando as contrações, Felipe e Bruna voltaram novamente para o hospital na madrugada de domingo. O coração da criança batia tranquilamente e a dilatação estava em 4 centímetros. Bruna, então, foi internada.

O casal foi colocado em um quarto do centro obstétrico e, na manhã de domingo, o médico analisou novamente o quadro, constatando, dessa vez, que o coração do bebê estava um pouco acelerado. 

Os pais ficaram preocupados. O médico, então, teria orientado que a gestante deitasse de lado. Cerca de 40 minutos depois outro médico voltou afirmando que estava tudo sob controle.

Por volta do meio-dia, Bruna começou a sentir fortes dores e fraqueza. "Ela pediu para ajudarem ela. Mas eles passaram soro como oxitocina para o processo de dilatação. Enquanto isso, minha esposa sofria", contou o marido.

Criança estava torta

Segundo Felipe, Bruna já não conseguia mais deitar na cama. Ela passou a ficar em pé para aguentar as dores. Por volta das 17h40, a dilatação estava em 10 centímetros. "Minha esposa não tinha forças. Ela pedia ajuda. Ela precisava da cesárea. Aí um dos médicos falou: a criança está torta. Invés de pararem para a cesárea, continuaram. Às pressas, do nada levaram ela para o centro cirúrgico", contou.

Manuele, primeira filha do casal, foi tirada da barriga e os médicos tentaram reanimá-la. O pai da criança conta ainda que os médicos o informaram sobre a tragédia, mas Bruna não havia sido avisada. Ao chegar no quarto, gritou pela filha.

"É muito desespero. É uma cena que vai ficar para o resto da minha vida na minha mente. Eu tive que dar a notícia para ela. Minha esposa ficou em choque. Manu era um benção, um presente de Deus", disse.

"Esperaram minha filha morrer na barriga de minha mulher para tirar", lamentou. O motorista pegou a filha sem vida no colo. "Não veio nenhuma psicóloga para falar com minha esposa", criticou.

Para Felipe, a filha morreu por erro médico e negligência, já que a cesárea deveria ter sido feita antes. A família registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil (PCDF).

Segundo o site Metrópoles, a Secretaria de Saúde informou, por meio de nota, que "a equipe médica seguiu os protocolos indicados para o caso e, no momento, a Comissão de Avaliação de Óbitos Fetais está avaliando a situação e, caso necessário, um processo de investigação para elucidação da situação será instaurado".

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