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Operações no Porto de Aratu correm riscos por conta de mudanças climáticas, diz estudo

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Porto de Aratu pode sofrer sérios impactos com chuvas persistentes na região  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Codeba

Publicado em 07/12/2022, às 09h29   Cadastrado por VD


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As mudanças climáticas são um risco para o planeta como um todo. E, por mais que se pense diferente, até a economia fica impactada com os problemas do clima no mundo. É o que aponta o estudo “Levantamento de Riscos Climáticos e Medidas de Adaptação para Infraestruturas Portuárias”, publicado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) na última terça-feira (6), em Brasília.

O estudo, desenvolvido pela I Care, trouxe impactos que podem ser sofridos por três grandes portos brasileiros. Um deles, o de Aratu, na Bahia. Vendavais e chuvas mais frequentes e intensas são algumas das ameaças que podem levar à interrupção da navegação nas regiões portuárias, assim como o aumento do nível do mar que, no futuro, pode provocar inundação dos pátios dos terminais, causando danos a diferentes equipamentos.

Cerca de 95% do comércio exterior, em toneladas, transita pelo sistema portuário nacional, que movimenta R$ 293 bilhões ao ano, cerca de 14% do PIB, segundo dados da Antaq.

Os resultados de risco climático obtidos pelo levantamento apresentam um intervalo compreendido entre 2021 a 2040 e 2041 a 2060, com o propósito de mostrar a progressão das informações do tempo atual até 2060.

O estudo detalha as ameaças climáticas de maior probabilidade de ocorrência em cada um dos portos, além de relacionar os principais riscos estruturais e operacionais aos quais os terminais estão sujeitos, e as medidas de adaptação a serem empregadas.

No Porto de Aratu, o estudo indicou que chuvas persistentes serão “muito frequentes” na região, tornando-se a maior causa de preocupação, principalmente para a operação de produtos sólidos, que não podem ser operados em condições de maior umidade.

“Este levantamento contribui para que a Antaq siga aprimorando seu trabalho nos portos brasileiros, oferecendo às administrações portuárias mecanismos para aumentar a eficiência das operações, evitando ao máximo perdas operacionais e garantindo que a infraestrutura dos complexos permaneça o mais íntegra possível, a fim de evitar paralisações”, explica o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery.

O estudo feito pela I Care com a participação da Marinha, Autoridade Portuária e operadores dos portos não detalha apenas as ameaças climáticas de maior probabilidade de ocorrência em cada um dos portos, mas também relaciona os principais riscos estruturais e operacionais aos quais os terminais estão sujeitos e as medidas de adaptação a serem empregadas.

Entre as possíveis medidas para redução dos riscos estão a criação de bases de dados sistematizados sobre paradas operacionais e danos causados por eventos climáticos; a melhoria nos processos de manutenção; os investimentos em sistemas redimensionados para novos padrões climátic.

Também é aconselhado o estabelecimento de práticas de monitoramento; a alteração nas condições operacionais; e a criação de grupos de trabalho para planejar e implementar as medidas.

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