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VÍDEO: Baleia morre após período encalhada em praia da RMS

Imagem VÍDEO: Baleia morre após período encalhada em praia da RMS
A baleia chegou até a praia da cidade de São Francisco do Conde bastante debilitada  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/07/2023, às 10h56   Cadastrado por Pedro Moraes


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A cidade de São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) está de luto nesta segunda-feira (17). Isso porque uma baleia jubarte, que estava encalhada na praia de Caípe, morreu. O animal apareceu na localidade bastante debilitado e com ferimentos pelo corpo.

Por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver a cena. “Infelizmente, a baleia morreu, já está em estado de decomposição, fedendo. A bichinha guentou, sofreu (...) Aqui já está cheio de sangue. Agora é ver como eles vão fazer para tirar ela daqui”, narra a pessoa que realizou a gravação.

Assista:

A reportagem do BNews entrou em contato com o Projeto Baleia Jubarte para saber mais informações deste caso. Segundo o veterinário Gustavo Rodamilans, responsável pela coordenação da instituição, o acompanhamento da baleia aconteceu desde o último dia 8 de julho. 

Ainda conforme ele, após tentativas de salvamento, “ficou evidente a existência de um problema preexistente ao encalhe”, isto é, “em má condição física”. Entre sábado e domingo, a recente tentativa de salvamento com apoio de uma embarcação da Transpetro não teve sucesso.

“Ao longo da semana, um grupo de contato que incluiu o Projeto, INEMA, IMA, Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio e outras autoridades foi formado para buscar a melhor forma de atender a esse triste evento, e a eutanásia, um procedimento difícil de ser realizado numa baleia, foi a última solução destinada a reduzir o sofrimento deste animal cujo salvamento ficou claro ser impossível. Antes da realização do procedimento, entretanto, foi constatada a morte natural do animal”, mencionou Rodamilans.

Confira a nota na íntegra:

"Desde o dia 08/07 o Projeto Baleia Jubarte vem acompanhando o caso da baleia que encalhou no interior da Baía de Todos os Santos, com a presença diária de uma equipe técnica junto ao animal, apoiada pela Polícia Ambiental, Capitania dos Portos e INEMA. Desde o início do atendimento a esse animal, e durante as muitas tentativas realizadas para salvá-lo, ficou evidente de que ele apresentava um problema preexistente ao encalhe, ou seja, já encalhou em má condição física. Provavelmente essa foi a causa do insucesso das ações para o desencalhe, inclusive a tentativa neste final da semana de rebocá-la do local com apoio de embarcação da Transpetro.

Vale notar que em todo o planeta a imensa maioria dos encalhes de grandes baleias vivas termina em óbito, justamente porque a maioria deles ocorre por causas naturais anteriores ao encalhe.
Ao longo da semana, um grupo de contato que incluiu o Projeto, INEMA, IMA, Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio e outras autoridades foi formado para buscar a melhor forma de atender a esse triste evento, e a eutanásia, um procedimento difícil de ser realizado numa baleia, foi a última solução destinada a reduzir o sofrimento deste animal cujo salvamento ficou claro ser impossível. Antes da realização do procedimento, entretanto, foi constatada a morte natural do animal.

Durante os 35 anos de atuação do Projeto Baleia Jubarte e graças a nossos esforços de conservação, a população brasileira da espécie saltou de menos de 1,000 animais para cerca de 30.000. A ocorrência de encalhes, naturalmente, também aumentou, como efeito colateral desse enorme sucesso na proteção da espécie. Portanto, por mais que um encalhe individual seja sempre um evento triste, ele precisa ser visto no contexto dos eventos naturais de mortalidade que acompanham a existência de uma população saudável de baleias que, felizmente, segue crescendo.





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