Cotado ao governo da Bahia, João Roma não descarta ser vice de Bolsonaro em 2022

Desde que foi nomeado ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), tem tido o seu nome ventilado para disputar o governo da Bahia, sendo o palanque bolsonarista por aqui. A briga, que ainda está em curso, com o criador político, ACM Neto, permanece e serve como combustível para manter a chama das especulações acesa. Mas na última segunda-feira (7), o ministro deu uma declaração que suscita outra possibilidade: vice-presidência. 

Certezas

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A certeza é de o atual vice, general Hamilton Mourão, não terá lugar na chapa do presidente Jair Bolsonaro. 

Dito

Quanto ao que Roma disse: para citar Juscelino Kubitschek, em sua célebre frase de que se tratando de “Brasil o otimista pode até errar, mas o pessimista já começa errado”, o ministro resgatou a figura do ex-senador Marcos Maciel. Roma considera o ex-senador uma grande referência política em sua própria trajetória. Vale ressaltar que Maciel, do antigo PFL e atual Democratas, foi vice-presidente de FHC pelos oito anos de mandato do tucano. 

Pelo não dito

Ok, a declaração em si não atesta nada, mas a política é feita pelo conjunto de movimentos conscientes com uma série de acasos. Fica a possibilidade de ter na chapa um Pernambucano radicado na Bahia. 

Decisão lenta

O conselho de ética da Câmara dos Deputados finalmente resolveu encaminhar a cassação do mandato da deputada federal Flordelis. Acusada de mandar matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, em uma história cheia de requintes de crueldade e insensatez, a ainda parlamentar aguarda a decisão final do plenário da Casa. A história da família desta dita religiosa é algo para ser estudado com a calma que o escárnio merece. 

Alguma decisão

Já o Conselho de Etica da Assembleia Legislativa caminha a passos largos para resolver a querela com o deputado Alden (PSL). O deputado acusou os pares da oposição de receber propina e se deu mal. A possibilidade de suspensão de mandato por 30 dias é uma possibilidade real. A outra, é que o ímpeto para se apresentar como arauto da moralidade foi perdido. Calma, capitão.

PP 

A disputa nacional entre PP e PSD pelo espaço outrora do PMDB terá como arena a eleição de 2022. Caciques de ambas as legendas se articulam em todas as frentes com chances de vitória para o Executivo no sentido de assegurar a boa colocação na próxima gestão. As lideranças regionais dos partidos sabem que eleger uma bancada numerosa é fundamental para alicerçar o espaço na gestão futura.

Desempenho

O PP desde a redemocratização tem mantido entre 35 e 45 cadeiras na Câmara dos Deputados. Já o PSD elegeu na primeira eleição que disputou após a fundação, em 2014, 37 deputados federais e em 2018, 35. 

Passou da hora

A Lei de Segurança Nacional foi derrubada pela Câmara dos Deputados, mas aguarda a boa vontade do Senado, mais precisamente do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para indicar o relator. O senador Otto Alencar (PSD) acredita que vai andar e defende o senador Antônio Anastasia (PSD) para relatar. Este resquício mal agourado da ditadura militar permanece sendo usado na sanha autoritária de segmentos da polícia, da Justiça e da política. Lamentável.

Disputa

Os bastidores eleitorais estão fervilhando. Sem saber qual a regra do próximo pleito para Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, muito pretenso candidato está assustado com o custo da campanha, por dentro e por fora, e com a incerteza do resultado. A conferir.