Coronavírus

Escassez de respiradores desafia atendimento aos casos do novo coronavírus no Brasil

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Segundo o Ministério da Saúde, o país possui 65 mil ventiladores - o que equivale a três equipamentos para cada dez mil habitantes  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Facebook

Publicado em 22/03/2020, às 15h07   Redação BNews


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A velocidade com que os caos do novo coronavírus devem se multiplicar no país nos próximos dias trás consigo um alerta sobre a capacidade do sistema de saúde brasileiro atender todos os casos graves decorrentes da epidemia.

Uma reportagem publicada pelo jornal O Globo deste domingo (22) aponta que um dos principais obstáculos nesse sentido é a necessidade de conseguir, entre os equipamentos necessários para realização de atendimentos, principalmente, ventiladores mecânicos.

Estes aparelhos são considerados essenciais no tratamento do covid-19, doença que ataca os pulmões e provoca insuficiência respiratória. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país possui 65 mil ventiladores - o que equivale a três equipamentos para cada dez mil habitantes.

Desse total, 46,6 mil estão no SUS. A distribuição destes aparelhos, contudo, não é homogênea. O Distrito Federal e os estados das regiões Sudeste e Sul contam com uma proporção de respiradores acima da média nacional.

Além disso, parte deles já é usada para atender a outros casos. Segundo dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a taxa de ocupação dos ventiladores disponíveis nos hospitais particulares é de 20%. No SUS, é de 50% a 60%.

De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a taxa de ocupação dos ventiladores disponíveis nos hospitais particulares é de 20%. Já no SUS, é de 50% a 60%. "Os ventiladores são, sem dúvida, o maior gargalo", avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde, Fernando Silveira Filho, à publicação.

Também segundo a publicação, antes da crise, a demanda brasileira por ventiladores era de duas mil unidades por ano - número irrisório frente à explosão na demanda por causa do coronavírus.

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