Coronavírus

Vídeo: Entrega de cestas básicas a famílias de estudantes gera aglomeração; APLB repudia

Leitor BNews
O BNews recebeu fotos e vídeos da aglomeração de pessoas que passaram a manhã desta segunda-feira (23), no colégio municipal Campinas de Pirajá  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 23/03/2020, às 17h17   Juliana Nobre


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Considerada uma alternativa para diminuir os efeitos do coronavírus na vida de 145 mil estudantes da rede municipal de Salvador, a entrega de cestas básicas às famílias dos alunos pode ter um efeito reverso. O BNews recebeu fotos e vídeos da aglomeração de pessoas que passaram a manhã desta segunda-feira (23), no colégio municipal Campinas de Pirajá, para receber as cestas distribuídas pela Secretaria de Educação de Salvador.

Em contato com o BNews, o diretor da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB- Sindicato), Marcos Barreto disse que já solicitou ao Ministério Público da Bahia, a suspensão da entrega até que a prefeitura de Salvador possa elaborar outro plano para evitar aglomeração de pessoas na porta e dentro das escolas públicas. 

“A ideia da entrega das cestas básicas foi da APLB. Apesar de eles dizerem que foi da prefeitura, mas nós informamos que era inviável dar merenda todos os dias para essas crianças, como queria a prefeitura. Mas nessa logística não adianta nada. Centenas de pessoas aglomeradas e recebendo de pessoas sem nenhum tipo de treinamento”, explicou Barreto.

Segundo o dirigente, a proposta é que a entrega seja individualizada e com apoio da guarda municipal. “E por que não colocar um valor referente a cesta na conta dessas famílias. Me parece mais um ato eleitoreiro do que para resolver o problema. Sabíamos que entregar cestas a uma população carente iria gerar essas aglomeração. Nós alertamos a prefeitura desde a semana passada”, afirmou.

O sindicato entrou com um Mandado de Segurança (N° 8006647-59.2020.8.05.0000) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) para garantir a liberação de todos os gestores e funcionários da Rede Municipal de ensino de Salvador, a fim de que esses profissionais possam cumprir o isolamento social proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e da Prefeitura Municipal de Salvador. 

Barreto ainda pontuou as condições dos produtos encaminhados para as escolas. De acordo com o dirigente, o álcool em gel é para limpeza de materiais e não para higiene pessoal. Além disso, as luvas e as máscaras já teriam sido manuseadas por outras pessoas, o que seria um risco para a saúde de quem as recebem. 

Veja o vídeo:

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