Coronavírus

Argentina prolonga quarentena obrigatória por mais duas semanas

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Regras permitem sair de casa apenas para ir ao mercado ou à farmácia ou trabalhar em áreas essenciais  |   Bnews - Divulgação Twitter via Fotos Publicas

Publicado em 30/03/2020, às 05h57   Sylvia Colombo, Folha



Depois de uma reunião de mais de oito horas em que conversou com ministros, governadores e as equipes de saúde e de economia —muitos por teleconferência—, o presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou que a quarentena para conter o avanço do coronavírus será ampliada, a princípio, até a Páscoa, em 12 de abril.

Nesta data, será reavaliada a medida e, se for necessário, pode haver nova extensão .

A quarentena obrigatória permite que as pessoas saiam apenas para fazer compras de alimentos e de itens nas farmácias. Mais de 6.000 pessoas já foram processadas por descumprir a medida.

Apenas os profissionais de saúde, alimentação e distribuição de combustível estão fora da quarentena. Jornalistas precisam de permissão especial para realizar cada cobertura.

Também seguem fechadas as fronteiras aéreas, marítimas e terrestres, até segunda ordem, e continuam as restrições para o transporte público.

Fernández disse que o balanço realizado sobre a quarentena até agora é positivo e que a Argentina está realizando uma experiência que disse ser inédita no mundo.

"Implementamos uma quarentena estrita logo que os primeiros casos ocorreram em nosso país e estamos tendo bons resultados diante dessa ameaça".

Disse também que o tempo que se está ganhando com o isolamento total diminuirá o impacto da epidemia quando o pico da doença chegar ao país.

Sobre a economia —também os bancos continuarão fechados até 12 de abril—, Fernández disse que "é possível salvar a economia, uma pessoa que morre, não".

De tarde, o ministro da Saúde, Ginés González García, afirmou que havia aconselhado o prolongamento da medidas de restrição até, pelo menos, o próximo dia 20 de abril.

"Nossas projeções estão mostrando que o pico da epidemia na Argentina, que prevíamos para o princípio de abril, agora pode ocorrer em maio. Isso é bom, é um sinal justamente do que queremos, achatar a curva, e que o pico seja mais baixo, com menos mortes."

Ele acrescentou que as medidas estão sendo tomadas com vantagem de tempo com relação a Espanha e Itália e que isso aponta que "cada dia que ganhamos, é um dia mais para capacitar o país".

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