Coronavírus

Rui critica politização do debate sobre uso de cloroquina: “Parece que vai ter remédio de esquerda, centro e direita”

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Governador chamou de “calamidade” o tom político da discussão em torno do medicamento e disse que o momento é de valorizar a “ciência”e a “medicina”  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 09/04/2020, às 12h54   Luiz Felipe Fernandez


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O governador Rui Costa criticou nesta quinta-feira (9) a politização do debate em torno do uso da hidroxicloroquina, que tem sido defendida amplamente pelo presidente Jair Bolsonaro, ainda que o Ministério da Saúde não tenha recomendado oficialmente o uso do medicamento no tratamento da Covid-19.

Para o governador, a tentativa de dar um tom político à discussão é uma “calamidade”, e acrescentou que neste momento é fundamental se ater à “ciência” e à “medicina”. 

“Acho uma calamidade isso. Quem define quem usa ou não, são os médicos [….] não tem que trazer esse, aquele remédio, por uso partidário. Parece que vai ter remédio da esquerda, do centro e da direita. O Brasil está se superando no mundo, se tornando um caso único onde tudo é partidarizado, politizado. Nós precisamos valorizar a ciência, a medicina. As pessoas estudaram 10, 15, 20 anos”, argumenta.

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o governador ressaltou ainda que político “não estudou para ser médico” e que não é aceitável que qualquer governador, prefeito ou mesmo presidente, passe a prescrever receita. 

Na Bahia, passou a ser autorizada a prescrição de hidroxicloroquina por médicos para pacientes com necessidade de intervenção hospitalar. Aqueles que forem diagnosticados mas que a recomendação seja ficar em casa, não devem tomar a medicação. O secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, explica que foi formado um comitê com médicos, pneumologistas e infectologistas, para avaliarem a situação.

“Existe uma diferença muito grande entre a secretaria assumir uma postura de preconizar um tratamento, e disponibilizar esse tratamento que vem sendo solicitado e prescrito por varias médicos da rede privada. Reunimos um grupo de profissionais, pneumologistas, infectologistas, da rede pública do estado, e decidimos liberar, oferecer, disponibilizar a hidroxicloroquina mais azitromicina ,juntos, para o tratamento do coronavírus para pacientes que necessitem de atendimento hospitalar”, explica o secretário.

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