Coronavírus

CFM libera prescrição da cloroquina após alertar Bolsonaro de que não há evidência de benefício

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Presidente do Conselho Federal de Medicina entregou parecer a Bolsonaro nesta quinta       |   Bnews - Divulgação Reprodução // Agência Brasil

Publicado em 23/04/2020, às 16h50   Redação BNews



O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz Britto Ribeiro, entregou nesta quinta-feira (23) ao presidente Jair Bolsonaro um parecer em que afirma não haver evidências da eficácia do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. 

Ainda assim, Ribeiro afirmou que os médicos estão autorizados a prescrever a substância para os pacientes em determinadas situações. Bolsonaro já defendeu diversas vezes a utilização da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus. O ministro da Saúde, Nelson Teich, participou do encontro.

"O posicionamento é de que não existe nenhuma evidência científica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid", disse o presidente do CFM após a reunião. "No entanto, existem estudos observacionais, que têm pouco valor científico, mas são importantes, e baseado nisso o Conselho Federal de Medicina liberou o uso da hidroxicloroquina pelos médicos brasileiros em três situações".

Num texto de sete páginas, o CFM conclui que as drogas poderão ser usadas em três estágios da doença: em pacientes com sintomas leves desde que outras viroses tenham sido descartada e que haja confirmação de infecção pelo coronavírus; em pacientes com sintomas mais significativos ainda que não tenham sido internados e que não precisem de cuidados intensivos; e, por último, em pessoas cujo quadro seja grave. O uso preventivo da hidroxicloroquina não está autorizado.

"Fica a critério do médico, dentro da sua autonomia profissional, em decisão compartilhada com o paciente", explicou de acordo com O Globo. De acordo com Ribeiro, trata-se de uma autorização, mas não uma recomendação.Os médicos poderão optar por seu uso sem que haja sanção por "infração ética".

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