Após fechamento de praias e necessidade de isolamento, Biscoito Globo fecha fábrica no Rio de Janeiro

Com o fechamento das praias no Rio de Janeiro como forma de tentar contar os avanços do novo coronavírus, a fábrica do famoso biscoito Globo, que vive a maior crise em 67 anos de existência, precisou fechar as portas por tempo indeterminado.

No lugar eram produzidos e vendidos entre 5 mil e 7 mil saquinhos do produto por dia nesta época do ano, chegando a dobrar a quantidade no verão. Com a interrupção da produção, os impactos são inúmeros, entre a perda de renda de milhares de ambulantes e a escassez dos biscoitos no mercado.

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“Nosso carro-chefe é o biscoito vendido nas embalagens de papel, e revendido nas ruas e nas praias. Como ninguém sai de casa e a praia está proibida, não temos para onde correr”, disse Marcelo Ponce, um dos donos do negócio, em entrevista à revista Veja Rio.

Ele também contou que ainda é possível encontrar os biscoitos em alguns grandes revendedores, mas somente nas embalagens plásticas. Além disso, a produção permanece somente para encomendas das poucas empresas que ainda funcionam, como os mercados. “Coloco duas ou três pessoas para produzir, mas somente alguns pedidos específicos, que valham a pena. É muito triste isso”, lamentou.