Coronavírus

Sem distanciamento social, Salvador pode ficar sem vagas em leitos de UTI para Covid-19 em até 15 dias

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Segundo Neto, este é o cenário "realista" das previsões; leitos clínicos podem ficar saturados no próximo dia 10  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Record TV Itapoan

Publicado em 04/05/2020, às 12h37   Luiz Felipe Fernandez


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O prefeito ACM Neto afirmou nesta segunda-feira (4), que Salvador pode ter lotação máxima nos leitos clínicos e de terapia intensiva (UTI) nos próximos 15 dias, caso a média diária de novos casos se mantenha.

Apesar da expectativa de que que novos leitos fiquem prontos nos próximos dias, ainda não há garantia de que serão equipados e conseguirão atender à demanda. Assim como foi dito pelo governador Rui Costa (PT), existe uma dificuldade na compra de respiradores, essenciais para o tratamento de casos mais agravados da doença, o que pode fazer com que a estrutura física dos leitos sejam entregues, mas sem os equipamentos necessários para funcionarem. 

Segundo Neto, este é o cenário "realista" das previsões. Ele reitera que a única forma de minimizar o risco de superlotação dos leitos é respeitar a recomendação de distanciamento social, para desta maneira adiar ao máximo o pico de casos e ter tempo para preparação dos leitos hospitalaraes.

De acordo com o democrata, a projeção da Prefeitura é de que no dia 14 de maio - daqui a dez dias - haja um déficit de 25 leitos clínicos na capital baiana. A tendência, contudo, é de que novos leitos fiquem prontos, o que aumentaria a oferta de vagas. O tempo médio de permanência de pacientes com Covid-19 nestas internações é de 7 dias. 

No caso dos leitos de UTI, o prazo para o esgotamento é maior. Caso se mantenha o número de novos casos diários, a rede de saúde para o combate ao novo coronavírus pode entrar em colapso nas próximas duas semanas, no dia 20 de maio. Neto confirmou que Prefeitura e Governo estão empenhados na viabilização de mais leitos de terapia intensiva, mas que elas dependem da chegada de respiradores para funcionarem plenamente. 

Hoje, Salvador conta com 933 leitos, sendo 444 clínicos e 489 de UTI. A taxa de ocupação nos leitos clínicos atual é de 34% (150 pacientes), enquanto nas UTI's é de 27% (130 pessoas).

O número de óbitos na capital baiana também tem chocado com a projeção feita no início da pandemia. Até o dia 20 de maio são esperadas 329 mortes no total acumulado, com base na média de mortes diárias. 

Ainda conforme a projeção da secretaria de Saúde do Município, no dia 15 de junho Salvador pode contabilizar mais de 30 mil casos confirmados do novo coronavírus.

O titular da pasta, Léo Prates, confirmou que apesar do risco de saturação dos leitos hospitalares, Salvador segue não só com número melhores do que a média nacional, mas também do que foi previsto pela Fiocruz. Este cenário, segundo o pedetista, poderia estar muito pior sem as "medidas restritivas".

"A Fiocruz fez três cenários: um gravíssimo, um intermediário e um otimista. A nossa projeçaõ ainda é mais branda que todo trabalho da Fiocruz, que trabalham com estatísticas, lembramdo que mesmo a projeção só é possível graças às medidas restritivas, senão, o cenario seria bem pior", garante.

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