Coronavírus

"Se acontecer isso, é genocídio", alerta ACM Neto sobre reabertura imediata do comércio

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Mesmo sem ver clima para impeachment, prefeito volta a criticar conduta de Bolsonaro frente ao combate à Covid-19: "Deveria ser um grande líder"  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 04/05/2020, às 12h57   Luiz Felipe Fernandez


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O prefeito ACM Neto voltou a criticar a conduta do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à Covid-19. Segundo ele, era o momento do chefe do Executivo em Brasília "unir a nação", ao invés de "dividir as pessoas". Em coletiva de imprensa remota nesta segunda-feira (4), o demista afirmou que caso houvesse uma imposição do Governo Federal pela reabertura do comércio, aconteceria um "genocídio" no país.

"Se acontecer isso, é genocídio. O ex-ministro Osmar Terra tinha projetado, no pior cenário, que o Brasil teria 2 mil corpos. Estamos com mais de 7 mil e com projeção de nos tornarmos a primeira ou segunda nação do mundo com maior número de óbitos", lembrou o prefeito, que anunciou a prorrogação dos decretos que determinam a suspensão do funcionamento de escolas, faculdades, bares, restaurantes, academias, salões de beleza e demais serviços considerados não-essenciais.

Para Neto, é fundamental que políticos deem o exemplo correto aos cidadãos, de como proceder em meio à crise de saúde. Ele admite que convive com críticas diárias devido às decisões duras de fechar estabelecimentos, mas assegura que seria "irresponsabilidade" flexibilizar as medidas restritivas.

"Desde o começo vem tendo críticas duras da nossa parte. Ele deveria ser um grande líder a unir a nação, não dividir as pessoas [...] nós, homens públicos, precisamos dar o exemplo, e os exemplos que o presidente dá quando apoia, nesse momento, as aglomerações, quando ele não demonstra preocupação com cuidados que todos nós devemos ter, não são exemplos bons. Isso gera dúvidas nas cabeças das pessoas", pondera.

O presidente nacional do DEM, que chegou a se reunir com o presidente da República na última semana, admite que mesmo a atuação controversa na gestão da crise causada pela doença, não vê clima para impeachment. Neto diz que não tem "bola de cristal", mas não acredita que neste movimento do Congresso em um futuro próximo.

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